Avaliação da eficácia fotoprotetora, penetração cutânea e segurança de formulações cosméticas contendo extratos de chá verde e \'Ginkgo biloba\'

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Dal'Belo, Susi Elaine
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60137/tde-02102008-164449/
Resumo: Extratos vegetais ricos em compostos antioxidantes têm sido amplamente utilizados em produtos cosméticos uma vez que esses compostos poderiam proteger a pele contra os danos da radiação ultravioleta (UV). Assim, o objetivo do presente trabalho foi desenvolver formulações cosméticas contendo extratos de chá verde (CV) e Ginkgo biloba (GB) a fim de avaliar a eficácia pré-clínica, na proteção contra danos causados pela radiação UV, a penetração cutânea e a segurança de tais formulações. Para tal, foram desenvolvidas 13 formulações e após os testes de estabilidade e sensorial, foi selecionada uma formulação a base de fosfato de trilaureth-4 e goma polissacarídica para a realização dos estudos propostos. A eficácia pré-clínica foi realizada por testes in vitro (atividade antioxidante) e in vivo em animais de laboratório, os quais foram submetidos à radiação UV para a avaliação dos efeitos fotoprotetores das formulações objeto de estudo. O estudo de penetração cutânea foi feito em células de difusão de Franz utilizando pele humana e o de segurança por meio da avaliação da compatibilidade cutânea (estudo clínico). Ambos os extratos, CV e GB, apresentaram atividade antioxidante in vitro, no entanto, CV apresentou maior efeito que GB. Na avaliação da eficácia in vivo, foi observado que somente as formulações acrescidas dos extratos vegetais protegeram a pele dos animais contra os danos induzidos pela radiação UV, quando comparadas ao controle irradiado. A formulação que continha GB apresentou efeitos mais pronunciados na proteção da função barreira da pele e contra o eritema, enquanto que a formulação acrescida de CV atuou de maneira mais pronunciada na proteção contra a formação de células de queimadura solar. Os resultados referentes ao estudo de penetração cutânea mostraram que a epigalocatequina-3- galato (EGCG), proveniente da formulação que continha CV, e, a quercetina proveniente da formulação acrescida de GB, penetraram na pele, mas não permearam até o líquido receptor, ou seja, ficaram retidas no estrato córneo e na epiderme viável, sendo que no caso de EGCG, pequenas concentrações também foram encontradas na derme. O estudo de segurança mostrou que as diferentes formulações objeto de estudo apresentaram uma ótima compatibilidade cutânea. Considerando que as formulações contendo os extratos vegetais de CV e de GB apresentaram efeitos fotoprotetores in vivo, penetração e retenção de seus flavonóides majoritários na pele e ótima compatibilidade cutânea, pode-se considerar que tais formulações apresentam eficácia e segurança para uso cosmético. Além disso, os resultados obtidos neste estudo contribuíram para mostrar a importância da associação dos extratos de chá verde e de Ginkgo biloba em formulações cosméticas com finalidades fotoprotetoras uma vez que estes extratos apresentam efeitos que se complementam na proteção da pele contra o conjunto de danos induzidos pela radiação UV.