O desejo de inconsciência em poemas de Fernando Pessoa: ortônimo e heterônimos Alberto Caeiro e Alvaro de Campos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Rodrigues, Hélio Valdeci
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-23112009-115536/
Resumo: Este trabalho registra a trajetória da leitura que fizemos dos poemas do corpus em busca de resolução das questões problematizadas em torno do desejo de inconsciência. Procuramos identificar e estabelecer relações intertextuais entre os poemas Mãe..., de Antero de Quental, O sono do João, de António Nobre e alguns poemas de Fernando Pessoa ortônimo e heterônimos Alberto Caeiro e Álvaro de Campos. Buscamos perceber desdobramentos e representações do estado de inconsciência desejado e recomendado pelos sujeitos poéticos do corpus como rota de fuga às angústias íntimas oriundas do desconcerto entre as disposições anímicas do sujeito consigo mesmo e com o mundo, oriundas do doloroso sentir como fonte, para os sujeitos poéticos, de males: o pensamento reflexivo, a racionalidade, a ciência. Visamos, com a identificação e o estabelecimento de relações intertextuais entre poemas do corpus, perceber Fernando Pessoa inserido numa tradição literária de poetas intimistas portugueses do final do século XIX e início do XX, em cujos poemas reverbera o desejo de inconsciência. Procuramos expor, no capítulo O desejo de inconsciência, através do traço nostálgico e melancólico do homem da modernidade, o que poderia corroborar para uma compreensão mais aprofundada do problema do desejo de inconsciência como busca de paraísos mitológicos, terrestres ou artificiais, sonhos edênicos, rotas de fuga à consciência e racionalidade sentidas como causadoras de inquietações e dores.