Análise dos programas de residência para formação do médico de família no Estado do Ceará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Mariano, Rita Erotildes Maranhão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-07052021-155054/
Resumo: Introdução - A história das políticas de saúde no Brasil sempre esteve atrelada à necessidade de melhorar, quantitativa e qualitativamente, os recursos humanos responsáveis pelo desenvolvimento das ações de saúde. A criação do Sistema Único de Saúde (SUS) demandou um perfil de recursos humanos compatível com as exigências desse novo modelo. Para garantir a implementação e consolidação do SUS, em consonância com seus princípios, fez-se necessária a organização da Atenção Primária em Saúde como porta de entrada aos serviços de saúde. Para tanto, foi criado, pelo Ministério da Saúde, em 1994, a Estratégia Saúde da Família (SF). A partir da implantação da SF verificou-se a necessidade de formação dos profissionais de saúde, em especial, do médico de família, para exercer suas atividades neste campo de atuação. Assim, a Residência Médica, caracterizada como a interface entre as instituições de ensino formadoras do profissional médico e os serviços de saúde, tem buscado formar o médico de família, por meio de programas criados por diversas instituições. Objetivos - Caracterizar os Programas de Residência existentes no Estado do Ceará, para formação do médico de família. Métodos - Pesquisa com abordagem qualitativa, de caráter descritivo, a partir da análise de fontes secundárias e documentais e da coleta de dados primários, mediante a realização de entrevistas em profundidade com informantes-chave, iniciada após prévia aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido pelos entrevistados. Os sujeitos são residentes das Residências em Medicina de Família e Comunidade. A análise do material seguiu os ensinamentos da Análise de Conteúdo de Bardin. Resultados - Os currículos dos Programas de Residência foram desenhados para utilizar metodologias ativas de aprendizagem, a fim de aproximar a teoria da prática e desenvolver competências para formar médicos de família. Na percepção dos entrevistados estes Programas contribuem para a formação dos médicos de família por serem orientados e baseados na comunidade e enfatizarem o trabalho em equipe. Conclusão - A Residência em Medicina de Família e Comunidade é a modalidade de ensino de excelência para formar o médico de família, por treiná-lo em serviço junto à comunidade e preencher as lacunas de conhecimentos da graduação. Existem alguns obstáculos para superar, como falta de infra-estrutura e capacitação da preceptoria. No entanto, estes Programas dependem de políticas efetivas de reconhecimento dos médicos de família e de legitimação da estratégia Saúde da Família, campo de trabalho desses profissionais, para evitar a evasão nos Programas de Residência em Medicina de Família e Comunidade.