Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Martins, Thaís Blasio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-14102014-100922/
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Resumo: |
Esta dissertação foi resultado da observação da falta de participação dos jovens moradores do bairro do Lajeado nas atividades oferecidas por três equipamentos públicos instalados na região em 2008: CEU Lajeado, Parque Lajeado e Centro Cultural de Guaianases. Tais equipamentos, ainda que não exclusivamente, pretendiam oferecer opções culturais e de lazer para os moradores e, diante da ausência de equipamentos públicos deste tipo, pensou-se, naquela época, que a instalação representaria um incremento quanto às possibilidades de vivência do tempo livre e de lazer, em especial para a população jovem, a qual tem, nessas ocasiões, momentos privilegiados para sua formação como indivíduos. Contudo, observou-se que os jovens do entorno não se integraram à programação oficial mesmo estando constantemente nos espaços. Na época, acreditou-se que a falta de participação devia-se a problemas na articulação entre aquilo oferecido pelos equipamentos e os desejos e anseios da população local jovem. Tendo esta situação em vista, este trabalho objetivou conhecer, seis anos depois, quais eram hoje os usos e percepções dos jovens sobre estes lugares. Para isto, voltou-se o olhar para jovens estudantes de 13 a 29 anos da 8ª série e do 3º ano de seis escolas públicas situadas no entorno dos equipamentos. Foram aplicados 404 questionários que almejaram captar seus hábitos de tempo livre e lazer, sua percepção e uso dos equipamentos. Também se realizou observação de campo, entrevistas com os gestores dos locais estudados e conversas com jovens de duas escolas. Concluiu-se que a ausência de participação não se relaciona a uma antipatia ou antagonismo, havendo, na verdade, um distanciamento profundo dos locais pesquisados da vida dos entrevistados. Notou-se não haver, nos equipamentos, lugar para os repertórios dos jovens do distrito ou para a experimentação da sociabilidade por meio da convivência com os amigos. Os três espaços tendem a tolher estes momentos de vida dos jovens e a tentar regulamentar seu tempo livre por meio do enquadramento necessário em suas programações e atividades. Todavia, acredita-se que, antes da participação, é preciso o apreço pelo local que a oferece e, portanto, é preciso traçar estratégias para uma primeira inserção dos jovens nos equipamentos valendo-se de seus repertórios próprios para que se possa almejar outras adesões futuras em atividades menos populares ou conhecidas entre eles. |