Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Souza, Allex Sander Porfirio de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-06072020-153519/
|
Resumo: |
INTRODUÇÃO: O câncer de colo do útero é o terceirotumor feminino mais comum, ficando atrás somente do câncer de mama. Embora seja uma doença evitável, ainda afeta mais de meio milhão demulheres, levando a óbito aproximadamente 60% delas a cada ano. Acomete principalmente população feminina mais vulnerável socialmente. A população negra no Brasil apresenta os piores indicadores sociais, no entanto, ainda são poucos os estudos que consideram as variáveis raça/cor nas avaliações do câncer de colo do útero. OBJETIVO: Descrever o comportamento da mortalidade por câncer de colo do útero segundo raça/cor no Brasil, através da avaliação da tendência temporal da mortalidade por câncer decolo do útero segundo raça/cor no Brasil no período de 2002 a 2017, além da avaliação das diferenças regionais da mortalidade por câncer de colo do útero segundo raça/cor no ano censitário de 2010. MÉTODOS: Estudo ecológicode tendênciatemporal do período de 2002 a 2017 dastaxas ajustadas por idade de mortalidade por câncer de colo do útero em mulheres acima de 20 anos de idade no Brasil em mulheres brancas e negras. Estudo das diferenças raciais e regionais no ano de 2010. Foram utilizados dados secundários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística para estimativas populacionais e doSistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. Para análise da tendência temporal foi utilizado o Joinpoint Regression Program. RESULTADOS: existemmarcantesdiferenças nas tendências de mortalidade por câncer de colo do útero segundo raça/cor no Brasil. A partir de 2015, no entanto, parece haver homogeneidade na tendência, com uma reversão da queda sustentada ocorrida no período anterior em negras, brancas e na população feminina total. Como resultado da heterogeneidade das tendências, temos uma maior queda na taxa de mortalidade na população branca, com concomitante aumento da desigualdade racial. No Brasil, em 2017 a taxa de mortalidade por câncer de colo doútero nasmulheres negra foi 34% maior que a mesma taxa nas mulheres brancas. Quando se avaliam as diferenças regionais nota-se que para o Brasil a taxa de mortalidade na população negra foi 24% maior que na população branca. Quando se observam as diferenças regionais, verifica-se que a maior desigualdade é encontrada na região Norte,com a mortalidade em negras 64% maior que em brancas. A menor diferença foi encontra na região Centro-oeste com uma taxa de mortalidade em negras apenas 1% maior que em brancas. CONCLUSÃO: As mulheres negras deveriam ser consideradas com especial atenção no desenvolvimento de estratégias do Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero e de Mama |