Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Andriolli, Tânia Valladares |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-22082018-155512/
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Resumo: |
Introdução: Atualmente o estudo da vitamina D é motivo de especial atenção pelos profissionais da área da saúde, não só pelos já consagrados benefícios à saúde óssea, mas também por inúmeros outros, como a melhora da função cognitiva, imunológica, depressão e até redução no risco de doenças cardiovasculares e câncer. Ademais, com o aumento da longevidade, a hipovitaminose D - de alta prevalência em idosos e mulheres após a menopausa - ganha importância na saúde pública. Diante deste cenário, torna-se necessário a realização de estudos que avaliem a prevalência de hipovitaminose D e os fatores a ela associados. Objetivo: estimar, em mulheres acima de 35 anos residentes em Pindamonhangaba, SP, as concentrações séricas de 25 hidroxivitamina D e segmentar as prevalências em dois valores: acima de 20 e acima de 30 ng/mL; identificar os possíveis fatores associados a esses dois limites propostos. Método: Em amostragem aleatória estratificada foram selecionadas 1200 mulheres de 35 a 74 anos, cadastradas no Programa de Saúde da Família da cidade de Pindamonhangaba; em 681 delas foram realizadas coletas sanguíneas para determinação da vitamina D. A variável dependente estudada foi a concentração sérica de 25(OH)D e, as independentes foram pressão arterial, circunferência abdominal e IMC depressão, ansiedade, estresse, insônia, hábito de tonar sol e suplementação de vitamina D referidos, além da determinação das concentrações séricas de cortisol, glicose, colesterol total/frações e triglicerídeos. Resultados: Da população estudada, 73,4% tinham concentrações de 25(OH)D >=20ng/mL e 34,8%, >=30ng/mL. O uso suplementos de vitamina D e o habito de tomar sol associaram-se positivamente às concentrações séricas de 25(OH)D >=30ng/mL (OR=1,58, IC95%: 1,08-2,33 e OR=1,28, IC95%: 1,03-1,58, respectivamente), mas apenas o uso de suplementos de vitamina D mostrou associação com as medidas >=20ng/mL (OR=1,20, IC95%: 1,02-1,40). Ter depressão leve associou-se positivamente a 25(OH)D >=30ng/mL (OR=1,41, IC95%: 1,12-1,79), mas nenhuma associação foi notada com medidas >=20ng/mL. As medidas de 25(OH)D >=30 e 20ng/mL associaram-se negativamente às medidas séricas de glicose >=100 mg/dL (OR=0,72, IC95% 0,58- 0,90 e OR=0,90, IC95% 0,82-0,99, respectivamente). As medidas séricas de HDL <=50mg/dL e triglicérides >=150mg/dL associaram-se negativamente às medidas de 25(OH)D >=30ng/mL (OR=0,79, IC95% 0,63-0,99 e OR=0,77, IC95% 0,62-0,97, respectivamente). Houve associação negativa entre as medidas >=30ng/mL e o diagnóstico de síndrome metabólica, tanto pelo ATPIII (OR 0,72, IC95%: 0,58-0,90) quanto pelo IDF (OR=0,73, IC95%: 0,60-0,91), mas nenhuma associação com as medidas >=20ng/mL. Conclusão: A hipovitaminose D é altamente prevalente na população de mulheres acima de 35 anos de idade. As medidas séricas >=20ng/mL associaram-se negativamente a glicemia >=100mg/dL. As medidas >=30mg/dL associaram-se negativamente a glicemia >=100mg/dL, triglicérides >=150mg/dL, HDL <= 50mg/dL e diagnostico de síndrome metabólica e, positivamente à depressão. |