Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Guimarães, Nilma |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-25062007-113721/
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Resumo: |
Este trabalho de pesquisa pretendeu investigar supostas mudanças ocorridas nos livros didáticos de Língua Portuguesa, a partir da publicação dos PCNs e da implementação do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) em meados da década de 1990. Estabeleceram-se como objetivos gerais verificar de modo os gêneros textuais vêm sendo abordados nesses manuais, sobretudo nas atividades de produção textual; e contribuir, dessa maneira, com a melhoria da qualidade dos LDs distribuídos aos alunos da rede pública de ensino. Como objetivos específicos, procurou-se verificar qual o espaço e a abordagem dispensados aos gêneros da esfera argumentativa nas orientações de produção textual apresentadas atualmente nos LDs, a partir da análise das coleções didáticas, destinadas a alunos de 5.ª e 6.ª séries do ensino fundamental, mais bem avaliadas pelo PNDL 2005; investigar de como esses gêneros vêm sendo trabalhados nas propostas de produção de texto, no que se refere às orientações quanto às condições de produção e às estratégias de textualização (planificação, revisão e reelaboração do texto); além, é claro, de constatar se essas atividades promovem de fato o desenvolvimento tanto das capacidades lingüístico-discursivas quanto das capacidades argumentativas. Levantamos a hipótese de que, se houve realmente mudanças em relação ao ensino-aprendizagem de língua materna a partir do estabelecimento dos gêneros do discurso como objetos de ensino, conforme preceituam os PCNs, deve ter ocorrido também o surgimento de uma outra postura em relação à abordagem dos gêneros argumentativos, sobretudo quanto à conscientização da necessidade de se trabalhar esses gêneros desde o início do processo de escolarização, uma vez que o desenvolvimento da capacidade de argumentar revela-se de fundamental importância como instrumento de cidadania e de resistência à manipulação ideológica. Para isso, buscou-se como instrumental teórico-metodológico os pressupostos da psicologia social de Vygotsky, sobretudo no que concerne ao papel da interação social para o desenvolvimento cognitivo e para a constituição de subjetividades; os estudos realizados no âmbito da lingüística textual; as reflexões advindas da análise do discurso, principalmente acerca da teoria dos gêneros, da dialogia e da polifonia de Bakhtin; as pesquisas aplicadas no âmbito da psicologia e das ciências da educação, realizadas por Schneuwly e seus colaboradores do Grupo de Genebra (Dolz, Pasquier e Bronckart), que têm como objetivo o desenvolvimento de seqüências didáticas para o ensino-aprendizagem dos gêneros do discurso como instrumentos de comunicação e interação social, promovendo a mediação didática entre a teoria do interacionismo sociodiscursivo (ISD) e as práticas de linguagem; e, por fim, a teoria moderna da argumentação ou Nova retórica, fundada por Perelman. |