Desenvolvimento neurocomportamental de bebês prematuros avaliados na fase de 32 a 37 semanas de idade pós-concepcional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Gabriel, Paula Stefaneli Ziotti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-03042009-151410/
Resumo: O avanço na qualidade de atendimento intensivo na fase neonatal levou ao aumento dos índices de sobrevivência de bebês prematuros. A grande preocupação, não diz respeito tão somente à sobrevida, mas principalmente à qualidade de vida. O presente estudo teve por objetivo principal caracterizar o desenvolvimento neurocomportamental de bebês nascidos pré-termo antes de atingir o termo de 40 semanas de idade pós-concepcional. Os objetivos específicos foram: a) comparar o desempenho neurocomportamental da amostra de estudo com a amostra original da padronização do teste NAPI; b) comparar os indicadores de desenvolvimento neurocomportamental em grupos diferenciados pelos problemas perinatais; c) comparar os indicadores de desenvolvimento neurocomportamental em grupos diferenciados quanto ao sexo. A amostra foi composta por 202 bebês pré-termo ( 37 semanas de idade gestacional), de ambos os sexos, com baixo peso (< 2500g), estáveis clinicamente e internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal ou Berçário de Cuidados Intermediários do Hospital Materno-Infantil da cidade de Goiânia (GO), no período de setembro de 2004 a janeiro de 2006. Foram utilizados os seguintes instrumentos: Avaliação Neurocomportamental do Pré-Termo (NAPI), roteiro de anamnese, prontuário médico e Questionário de Classificação Sócio Econômico. O procedimento de avaliação dos bebês foi filmado. O índice de acordo entre observadores foi de 88%. A análise dos vídeos foi processada para obter a pontuação do desempenho dos bebês, de acordo com o NAPI. Primeiramente, os dados foram submetidos à análise estatística descritiva. As variáveis discretas foram quantificadas em termos de frequência, prevalência ou porcentagem e as variáveis contínuas em termos de média e desvio padrão, mediana, valores mínimo e máximo. Procedeu-se à comparação entre os desempenhos no NAPI obtidos na amostra do estudo e os resultados da amostra do teste, entre meninos e meninas e entre dois grupos (Grupo com problema perinatal - PIG, anóxia, hemorragia e hidrocefalia e Grupo sem problema perinatal). Os resultados mostraram que houve diferença significativa entre os grupos nos domínios do NAPI. A amostra do estudo (AE) apresentou menor tonicidade muscular no sinal de cachecol, menor vigor e movimentação espontânea e maior alerta e orientação do que o grupo de padronização do teste (AT). Além disso, o grupo AE apresentou choro levemente mais fraco e maior quantidade de sono, indicando que os bebês dormiram mais durante a realização do teste, do que o grupo AT. Ao analisar a classificação geral do NAPI, de acordo com o desvio-padrão da amostra de padronização do teste, foi possível notar que a maior parte dos bebês estudados foi classificada na média e cerca de um terço foram classificados como abaixo da média. Verificou-se que não houve diferença estatística significativa entre os desempenho de meninos e meninas. Os resultados do desenvolvimento neurocomportamental dos grupos sem problemas e com problemas perinatais, em comparação à amostra de padronização do teste foram semelhantes em relação ao desempenho nos itens do NAPI. A avaliação forneceu dados sobre a detecção de risco no desenvolvimento de bebês nascidos prematuros, a fim de implementar medidas efetivas de intervenção preventiva para evitar problemas de desenvolvimento no futuro.