Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silveira, Bruna Lopes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98132/tde-26122019-150206/
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Resumo: |
Introdução: A obtenção dos volumes e da fração de ejeção (FE) do ventrículo direito (VD) é essencial para o manejo clínico de pacientes com cardiopatias congênitas que afetam esta câmara. Entretanto, devido a sua conformação, a sua avaliação funcional ainda é um desafio para o ecocardiografista. A ressonância nuclear magnética (RNM) é a ferramente padrão ouro para este fim, mas possui desvantagens importantes como custo, falta de portabilidade e necessidade de anestesia em crianças pequenas. A ecocardiografia 3D tem mostrado vantagens quando comparada com outras modalidades ecocardiográficas, e é a única técnica ecocardiográfica capaz de calcular os volumes do VD. Uma nova versão do software para este fim apresenta um algoritmo mais simplificado, podendo ser superior à primeira versão quanto a reprodutibilidade dos volumes e da função sistólica do VD. Objetivos: Avaliar a reprodutibilidade da obtenção de volumes e função do VD entre dois observadores, empregando-se duas versões evolutivas de softwares ecocardiográficos. Verificar se há correlação entre as variáveis medidas pelos dois métodos. Analisar se a sobrecarga volumétrica do VD interfere na reprodução dos dados. Observar se as medidas de TAPSE e FAC obtidas pela técnica 2D se correlacionam com aquelas obtidas a partir de um bloco tridimensional (3D), empregando-se a versão mais atual do software. Métodos: Incluídos 20 pacientes (idade média 45,2 ± 17,0 anos) portadores de comunicação interatrial (CIA) avaliados nos períodos antes e 1 ano após a oclusão percutânea do defeito. Pelo 2D calculou-se FAC e TAPSE, e pelo 3D, volumes, FE analisadas pelos 2 softwares e TAPSE e FAC apenas pela versão mais recente. As medidas foram realizadas por 2 observadores independentes, sendo calculados coeficientes de correlação intraclasses, medidas de repetibilidade entre os observadores e entre os métodos (softwares), e correlações de Pearson (correlação entre os métodos). Resultados: Houve concordância entre os examinadores para quase todos os parâmetros em ambas as situações, sendo a melhor concordância e reprodutibilidade para o volume diastólico final (VDF) nas duas condições (pré e pós oclusão - CCI = 0,929 e 0,941 respectivamente), calculados pela versão 202. Os volumes diastólicos calculados pela versão 112, também tiveram alta reprodutibilidade nas duas condições CCI = 0,84 e 0,87 respectivamente. Por outro lado, a FE (fração de ejeção), que é calculada a partir dos volumes sistólico e diastólico, apresentou concordância significativamente menor entre os observadores pelos 2 softwares CCI = 0,460 e 0,543 (versão 202) e 0,47 e 0,45 (versão 112). Enquanto pela versão mais atual o Vej (volume de ejeção) teve excelente concordância (CCI = 0,77 e 0,93 respectivamente), a versão 112 mostrou ausência de concordância entre os observadores para este parâmetro (CCI = 0,08 e 0,00). Os valores de concordância entre os observadores quanto as medidas do TAPSE e FAC foram mais baixos pelo software 202 do que aqueles obtidos com a versão 112, cujas medidas são obtidas manualmente (CCI FAC = 0,54 e 0,75 x 0,95 e 0,96 e CCI TAPSE = 0,58 e 0,75 x 0,97 e 0,96 respectivamente). Houve correlação entre os métodos para os parâmetros VDF e VSF em ambas as situações (pré e pós resolução da sobrecarga). Já o TAPSE apresentou correlação e concordância entre os métodos apenas em condições de sobrecarga e o Vej e FAC apenas após sua resolução. Conclusões: As medidas dos VDF e volume sistólico final (VSF) podem ser obtidos de forma reprodutível por ambas as versões de softwares dedicados ao estudo 3D do VD. A sobrecarga volumétrica do VD não interfere na concordância entre os estes volumes. As variáveis FE e Vej, que são derivadas de equações que envolvem os volumes calculados, têm reprodutibilidade significativamente mais baixa. Não se observou benefício quanto à reprodutibilidade das variáveis TAPSE e FAC medidas a partir do bloco tridimensional. A correlação entre os valores do TAPSE entre os dois métodos empregados só ocorreu em condições de sobrecarga e a do FAC só foi evidenciada quando a sobrecarga volumétrica do VD foi resolvida. |