Aspectos biológicos, técnica para obtenção de ovos em condições de laboratório e avaliação de danos de Erinnyis ello ello (Linnaeus, 1758) (Lepidoptera-Sphingidae) em mandioca em condições de campo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1981
Autor(a) principal: Carvalho, César Freire
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20231122-100350/
Resumo: A finalidade desta pesquisa foi estudar a biologia de Erinnyis ello ello (L., 1768) (Lepidoptera-Sphingidae) na cultivar Mantiqueira, desenvolver uma técnica que permitisse a postura em condições de laboratório, à temperatura de 25 ± 2°C, umidade relativa de 80 + 5% e fotoperíodo de 14 horas e avaliar os prejuízos causados pelo “Mandarová”, através de danos simulados em condições de campo, para as cultivares Mantiqueira e Branca de Santa Catarina. Foi possivel a obtenção de gerações sucessivas deste inseto em condições de laboratório, com o alimento, solução de mel + água, a 15% à disposição dos adultos. Para a oviposição, não houve necessidade de controle de fotoperíodo e a postura foi superior quando os adultos foram mantidos individualizados. A oviposição média de fêmeas em regime coletivo e de fêmeas individualizadas foi de 404 e 1310 ovos respectivamente. A viabilidade de ovos foi muito afetada pela temperatura. A média obtida para as temperaturas de 20°, 25° e 30°C foram: 95,53; 94,34 e 90,18% respectivamente e a média geral foi de 93,35%. A 35°C foi de 42,46%. O período de incubação à 20°, 25°, 30° e 35°C foi de 6,1; 3,3; 3,02 e 2,74 dias respectivamente. A previsão do início de eclosão, válida para as temperaturas de 20° a 35°, ser feita através da equação de regressão: Y = 9,5181 - 0,2079 (r - 0,8233; r2 = 67,78), onde Y = duração do período de incubação em dias e X = temperatura (°C). A temperatura do limiar do desenvolvimento de ovos é de 12,02°C e foi calculada utilizando-se a equação de regressão Y = -0,8733 + 0,8117X (r - 09,536; r2 = 90,94%), onde Y = recíproca do desenvolvimento e X = logarítimo da temperatura (°C). A constante térmica K, encontrada foi em média 52,34 GD. As lagartas alimentadas com a cultivar Mantiqueira, apresentaram 5 ínstares, com duração média de 1,5; 1,8; 2,6; 2,8 e 3,1 dias respectivamente e a média da razão de crescimento encontrada foi de 1,5287; a média da razão de aumento foi de 1,6721. Uma lagarta consome em média, 1.035,81 cm2 de folhas, sendo que o consumo do 4º ínstar atingiu 15,68% e no 5º ínstar 82,34% deste total, tornando-se desprezível o consumo dos demais ínstares. O peso médio de pupas foi de 3,595 g, com viabilidade de 90,91%. A perda diária de água para esta fase foi de 56,31 mg, que representa uma perda de 15,42% ao final de 10 dias, do peso inicial da pupa. Os períodos médios de pré-oviposição e oviposição foram 4,8 e 8,9 dias respectivamente, sendo observado um período máximo de 6 dias, para a pré-oviposição e 17 dias para a oviposição. O ciclo evolutivo, de ovo a adulto, foi de 38,77 dias. A duração média em dias para as fases de ovo, lagarta, pré-pupa, pupa e adulto foram de 3,33; 10,63; 2,0; 11,21 e 11,6 dias respectivamente. Simulando-se os danos de 100% pela eliminação mecânica das folhas nas cultivares Mantiqueira e Branca de Santa Catarina, comprovou-se que o peso total da planta, o peso de raízes e o peso de ramas são afetados quando a desfolha ocorreu até o 6º mês após o plantio.