Efeito de crescimento do grão da austenita sobre a tenacidade ao entalhe de um aço ABNT 1045 com estrutura ferrita/perlita, recozido isotermicamente.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Sakima, Tatsuo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3133/tde-07082024-105634/
Resumo: O presente trabalho teve como principal objetivo estudar a correlação entre a tenacidade e estruturas obtidas através de recozimentos isotérmicos partindo-se de austenita com granulação fina a grosseira, em aço ABNT 1045. Para tanto, o aço foi aquecido em três temperaturas diferentes de austenitização, 800°C, 900°C e 1170°C. Para cada temperatura de transformação isotérmica em banhos de sal a 680°C, 640°C e 600°C, foram ensaiadas 5 amostras, e como resultado foram tomados os valores médios obtidos nessas amostras. O ensaio escolhido para avaliar a tenacidade foi o de impacto, tipo Charpy. Os ensaios foram realizados à temperatura ambiente, que variou de 23°C a 26°C. Para a interpretação das estruturas decorrentes das transformações foram utilizados o microscópio ótico e o eletrônico de varredura (MEV). Utilizou-se a fórmula de Pickering, aplicada a aços de médio a alto carbono, para avaliação da influência das características microestruturais na temperatura de transição. Os resultados alcançados serviram para melhor caracterizar o aço ABNT 1045, de larga aplicação, tais como em hastes, trilhos, rodas, eixos, porcas, parafusos, etc. Nesse aço, de estrutura predominantemente perlítica, a temperatura de transição ao impacto mostrou-se fortemente dependente do tamanho do grão austenítico e do tamanho da colônia de perlita, com menor influência da ferrita proeutetóide. A diluição da perlita e o reflexo na sua morfologia, principalmente quanto ao espaçamento interlamelar e espessura da cementita, mostraram influências complexas na temperatura de transição. Tendo em vista as estruturas bandeadas encontradas nas amostras, comuns em aços para construção mecânica, foi tentada a sua eliminação normalizando-se as amostras em temperatura de austenitização de 1170°C, para permitir a difusão dos elementos micro-segregados responsáveis pelo alinhamento da estrutura. ) Após o tratamento de normalização, as amostras foram reaquecidas a 830°C, 960°C, 1030°C e 1170°C e recozidas isotermicamente em banho de sal a 680°C, 640°C e 600°C. Em todos os casos houve eliminação total do alinhamento na estrutura.