Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silva, Rildo Pinto da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17157/tde-08052023-142056/
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Resumo: |
Introdução: A saúde suplementar cobre 25% da população brasileira, gasta 5,8% do produto interno bruto, 69% dos beneficiários têm planos coletivos empresariais e 40% estão na modalidade medicina de grupo. É regulada pela Agência Nacional de Saúde (ANS) que tem envidado esforços para melhorar a assistência e diminuir o número de cesáreas na saúde suplementar. O Brasil tem elevadas taxas de cesáreas (56%) maiores que as mundiais (21%) e américa latina (43%) e diferentes de acordo com a fonte de pagamento - acima de 80% na saúde privada. Objetivos: Avaliar a qualidade da base de dados de internações da saúde suplementar, calcular a taxa de cesáreas e custos médicos diretos destas internações. Métodos: Trata-se de um estudo observacional em base secundária de dados de internação. Os dados foram processados utilizando método de mineração de dados em saúde. Procedeu-se a avaliação da qualidade das informações pela comparação com indicadores do Sistema Único de Saúde (SUS). Para análise dos partos foi realizada a seleção, limpeza da base, análise de \"outliers\", exclusão das internações que resultaram em mortes (0,58%) e valores discrepantes de gasto. Este trabalho é aprovado pela comissão de ética em pesquisa do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo sob número C.A.A.E: 49725221.7.0000.5440 parecer número: 4.879.274 Resultados: A base de dados apresentou boa completitude, exceto para o tempo de permanência. Houve consistência de dados quando comparados com as internações do SUS, exceto para a variável motivo de encerramento - a taxa de mortalidade da saúde suplementar foi menor que a do SUS mas muitas internações não foram classificadas (alta administrativa). Por outro lado, houve baixa clareza metodológica, os documentos que acompanham a base de dados não permitiram o entendimento adequado das variáveis dificultando seu uso. As taxas de cesáreas foram de 80%, não houve mudança no período analisado, o uso de unidade de terapia intensiva foi maior para cesáreas - (X2(1, N=655.688) = 500,1 , p< 0,001) e 45% destas foram classificadas como eletivas. Houve concentração de gastos em poucas internações - 1% das internações correspondem a 7% de gasto. Os gastos foram maiores na cesárea (15%), nos partos múltiplos (62%) e na internação com uso de UTI (76%). Os gastos foram menores na medicina de grupo (40%) e nas cooperativas médicas (48%) comparadas as seguradoras. Conclusão: A análise da qualidade da base mostra falta de clareza metodológica com viés financeiro em detrimento da avaliação da qualidade assistencial. Os valores faltantes não impactam a análise dos dados e os indicadores são consistentes em relação àqueles do SUS. Há evidências de problemas na qualidade e custo assistencial pela indicação excessiva de cesáreas e diferenças de custos entre modalidades de operadoras. |