Sintomatologia das carências de macronutrientes em casa de vegetação e recrutamento de nutrientes pelo freijó (Cordia goeldiana, Huber) aos 2, 3, 4 e 8 anos de idade implantado em Latossolo Amarelo Distrófico, Belterra, Pará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1985
Autor(a) principal: Frazao, Dilson Augusto Capucho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20210104-165958/
Resumo: No presente trabalho, estudou-se alguns aspectos da nutrição mineral do "freijó" (Cordia goeldiana, Huber) através de dois experimentos, sendo um em casa de vegetação e outro em campo, com os seguintes objetivos: obtenção de sintomas de deficiência de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre; avaliação do desenvolvimento inicial das plantas pela análise da produção de matéria seca; determinar a concentração dos macronutrientes nas folhas superiores, folhas inferiores, ramos, caule e raízes das plantas cultivadas na ausência desses nutrientes; verificar o efeito da omissão do nutriente no aumento ou diminuição da concentração do mesmo ou dos outros nas diversas partes da planta; verificar a distribuição da matéria seca total nas plantas com 24, 36, 48 e 96 meses de idade; determinar a concentração dos macronutrientes nas diferentes partes da planta em função da idade; determinar o acúmulo dos macronutrientes nas plantas em função de idade e verificar a exportação dos macro e micronutrientes pelo caule das plantas com 96 meses de idade. No experimento de casa de vegetação, plantas de freijó foram cultivadas em substrato de sílica e irrigadas com soluções nutritivas, sendo os tratamentos: completo, omissão de nitrogênio, omissão de fósforo, omissão de potássio, omissão de cálcio, omissão de magnésio e omissão de enxofre. Acompanhou-se o desenvolvimento dos sintomas e uma vez evidenciados, realizou-se a coleta das plantas e a separação em folhas superiores, folhas inferiores, ramos, caule e raiz e analisou-se as diversas partes para os nutrientes. No experimento de campo foram coletadas plantas de freijó com 24, 36, 48 e 96 meses de idade em populações instaladas em solo do tipo Latossolo Amarelo distrófico textura muito argilosa no Campo Experimental de Belterra, município de Santarém, Estado do Pará. Após a coleta das plantas, foram retiradas amostras de folhas, ramos e caule (base, meio e ponta) para análise dos nutrientes. Através da análise estatística e interpretação dos resultados de acordo com a metodologia empregada obteve-se as seguintes conclusões: - A produção .de matéria seca total das plantas foi afetada em todos os tratamentos com omissão de nutrientes, obedecendo a seguinte ordem decrescente: nitrogênio, fósforo, cálcio, potássio, enxofre e magnésio; - Os sintomas visuais de deficiência de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre apresentaram-se de uma maneira geral bem definidos e de fácil caracterização; - As plantas apresentaram sintomas de carência quando os níveis dos elementos mostraram valores iguais e abaixo de: Nas·folhas superiores - 1,03% de N; 0,08% de P; 0,33% de K; 0,95% de Ca; 0,34% de Mg e0,09% de S. Nas folhas inferiores - 0,88% de N; 0,04% de P; 0,07% de K; 1,66% de Ca; 0,26% de Mg e 0,10% de S. Nos ramos - 0,66% de N;·0,13% de P; 0,36% de K; 0,42% de Ca; 0,12% de Mg e 0,06% de S. No caule - 0,53% de N; 0,07% de P; 0,40% de K; 0,32% de Ca; 0,09% de Mg e 0,04% de S. Nas raízes -0,94% de N; 0,10% de P; 0,32% de K; 0,43% de Ca; 0,25% de Mg e 0,08% de S; - Os efeitos da omissão de um nutriente aumentando ou diminuindo a concentração do mesmo e dos outros nos órgãos foram·os seguintes (estão descritos na tese); - A Cordia goeldiana é uma espécie exigente em nutrientes; - A distribuição da matéria seca total, nas quatro idades estudadas (24, 36, 48 e 96 meses), obedece a seguinte ordem decrescente: caule (base, meio e ponta) ramos e folhas; - Nas plantas as maiores concentrações de nutrientes ocorrem nas folhas, exceto para zinco que mostra teores mais elevados nos ramos; - A concentração dos nutrientes nas partes da planta difere de modo a evidenciar a translocação dos mesmos no interior do vegetal; - A ordem relativa das concentrações de nutrientes decresce de acordo com a seqüência N, K, Ca, Mg, S, P, Fe, B, Mn, Cu, Zn nas folhas; N, Ca, K, Mg, P, S, Fe, Zn, B, Cu, Mn nos ramos; N, K, Ca, Mg, P, S, Fe, Mn, Zn, B, Cu na ponta e meio do caule e N, Ca, K, Mg, S, P, Fe, Mn, Znm Cu na base do caule; - A quantidade (gramas) dos nutrientes analisados por quilograma de matéria seca decresce em relação à idade das plantas. Esta relação é de 31,7g de nutrientes aos 24 meses de idade e 19,4g aos 96 meses de idade; - Considerando a idade de maior acúmulo (96 meses) o nitrogênio foi o macronutriente mais extraído seguido em ordem decrescente do cálcio, potássio, magnésio, enxofre e fósforo. Quanto aos micronutrientes, o elemento extraído em maior quantidade foi o ferro seguido do zinco, manganês, cobre e boro; - Aos 96 meses de idade o magnésio é o nutriente que apresenta maior porcentagem de exportação pelo caule, vindo a seguir em ordem decrescente manganês, cálcio, potássio, ferro, cobre, zinco, fósforo, nitrogênio, boro e enxofre.