Elites, negócios e imóveis no plural: São Paulo nas décimas urbanas e listas nominativas (1795-1829)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Kato, Allan Thomas Tadashi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-13062017-113533/
Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar as elites da cidade de São Paulo através do prisma da propriedade citadina. Nossa tese é que através da recomposição social e patrimonial dos grandes proprietários de imóveis da cidade é possível compreendermos parte da dinâmica visando contribuir para a derrocada da tese clássica da pobreza, estagnação e isolamento da capital da província nos séculos XVIII e início do XIX. Para isso utilizamo-nos de um conjunto de fontes, Décimas, Listas Nominativas, registros paroquiais e plantas da primeira metade do XIX, que cruzadas permitem compreender melhor esses proprietários citadinos no decorrer dos anos. Não era objetivo desse trabalho identificar um grupo homogêneo de proprietários rentistas, desde cedo isso mostrou-se inviável já que os donos de casas tinham diferentes condições socioeconômicas. Por isso dizemos elites, no plural porque apesar de compor uma elite, a de proprietários de imóveis, eles pertenciam a diferentes estratos sociais. Muitos deles tinham diversas ocupações, não eram apenas comerciantes ou fazendeiros, eram homens que tinham vários negócios, no plural também. Mas o que os unia era a propriedade de imóveis citadinos com os quais tinham rendas, com os quais vários deles permaneceram durante mais de vinte anos. Era através dessa \'elite\' que buscamos compreender a dinâmica da cidade com um mercado de imóveis de aluguel ativo, com proprietários atuantes no mercado local, e regional que tinham, além de status social, estratégias de uso e de ganho dos imóveis. Os maiores proprietários de casas na cidade São Paulo estavam longe de serem pobres, assim como capital estava distante de estar isolada ou mesmo estagnada. Era o contrário disso, o dinamismo era a tônica da cidade.