Enfermagem em saúde mental: a ação e o trabalho de agentes de enfermagem de nível médio no campo psicossocial.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Aranha e Silva, Ana Luisa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7136/tde-25112004-135231/
Resumo: Este estudo elegeu para objeto de investigação o fazer, o saber e o saber-fazer de quinze agentes de enfermagem de nível médio que desenvolvem atividades assistenciais no Centro de Atenção Psicossocial II Prof. Luís da Rocha Cerqueira, sede do Programa de Integração Docente Assistencial em Saúde Mental da Secretaria de Estado da Saúde e Universidade de São Paulo. A escolha das agentes deu-se mediante a crença de que o grupo protagoniza a ação e o trabalho da enfermagem em saúde mental no campo psicossocial porque é quem prevalentemente oferece ação de saúde mental no cenário de estudo. Esta pesquisa utilizou a Oficina de Trabalho como procedimento metodológico para a captação, análise e reconstrução do fazer e do saber das agentes de enfermagem. A construção compartilhada do conhecimento indicou duas dimensões da produção de produtos de saúde. Na primeira dimensão as agentes de enfermagem de nível médio produzem e oferecem ação de saúde mental mediatizada pelo fazer impregnado de saber alinhado ao campo psicossocial do coletivo institucional e compartilham a autoria da ação de forma subalternizada ao agente com formação de nível superior. A segunda dimensão do fazer agrega significado à ação de saúde e permite a apropriação da autoria da produção de produtos de saúde, configurando o trabalho da enfermagem: o cuidado em si de enfermagem em saúde mental. Os resultados indicam ainda uma prevalência de produção e oferta de produtos de saúde que atinge o usuário individual, no interior da instituição, indicando a necessidade institucional de buscar aprofundamento e coerência aos pressupostos do campo psicossocial no que tange à articulação do serviço com o território, à inclusão de ação de saúde para familiares e à ampliação da produção de produtos na esfera da vertente crítica da reabilitação psicossocial. A Oficina de Trabalho revela-se um instrumento potente para a particular aquisição de consciência crítica quando amplia o repertório teórico das pesquisadas, eleva o relato de experiência para o patamar do saber construído coletivamente e promove a mudança objetiva da posição das agentes de enfermagem no cenário do poder institucional.