Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Amantini, Gabriel |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25146/tde-04102021-072344/
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Resumo: |
A mucosa ceratinizada (MC) desempenha um papel importante na homeostasia do periodonto marginal e também na estética tecidual. Uma altura mínima de 2 milímetros é necessária para manutenção da saúde periodontal. O procedimento mais comum quando há quantidades inadequadas de MC é o enxerto gengival livre (EGL). Contudo essa técnica tem desvantagem estética, pois o enxerto herda características do palato que resultam na expressão genotípica do tecido conjuntivo, conferindo à área receptora uma coloração pálida, diferente da mucosa adjacente, podendo comprometer o resultado onde a estética é preponderante. Portanto, considerou-se a possibilidade de posicionar o EGL de forma invertida, com o lado mais próximo da lâmina basal em contato com o periósteo da área receptora, procurando neutralizar o efeito da interação epitélio-conjuntivo sobre a coloração do enxerto, permitindo aos ceratinócitos migrarem das margens do leito receptor, mantendo as características da área receptora. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo clínico comparativo entre EGL, enxerto gengival livre de tecido conjuntivo (EGLC) e enxerto gengival livre de tecido conjuntivo invertido (EGLCI), em boca dividida, analisando seu resultado estético e o grau de contração. Foram avaliados 9 pacientes, que inicialmente apresentaram faixa inadequada de MC na região de prémolares inferiores, bilateralmente, e receberam EGL (grupo controle 1 GC1), EGLC (grupo controle 2 GC2) e EGLCI (grupo experimental GE). Foram realizadas medições dos enxertos do primeiro ao sexto mês e fotografias no último mês. As fotografias foram analisadas de três maneiras: por três periodontistas experientes usando o Pink Esthetic Score (PES), sob o ponto de vista dos pacientes e de forma objetiva pelo programa ImageJ, comparando coloração e textura dos enxertos com a gengiva adjacente. Para análise estatística de contração foi utilizado o teste ANOVA de medidas repetidas, para comparar os scores do PES foi utilizado o teste de Friedman e para comparar a opinião dos pacientes foi utilizado o teste Qui-quadrado. Como resultado, os grupos GC2 e GE não mostraram diferença estatística significante entre si para contração, mas apresentaram maior grau de contração em relação ao GC1, o qual não apresentou contração estatisticamente significante ao longo do tempo. Os resultados obtidos considerando o PES indicaram que o GC1 foi estatisticamente diferente dos outros dois grupos, sendo que os escores desses dois grupos (GC2 e GE) mostraram maior semelhança com a MC adjacente tanto em coloração quanto em textura. Quanto aos resultados da análise pelo ImageJ, os grupos GC2 e GE foram estatisticamente diferentes do GC1, e mais parecidos com a coloração da gengiva adjacente, sem diferença estatisticamente significante entre GC2 e GE. Na análise dos pacientes o enxerto preferido foi o GC2, em seguida GE, sendo GC1 o mais rejeitado. Assim, podemos concluir que o GC1 apresentou maior diferença estética em todas as formas de análise, enquanto GC2 e GE não apresentaram diferenças entre si. Os grupos GC2 e GE contraíram expressivamente em relação ao GC1. Não foi possível afirmar que a inversão do enxerto conjuntivo livre tenha trazido alguma vantagem estética. |