Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Costa, Valéria Tognato |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23152/tde-01062021-112237/
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Resumo: |
A reabilitação bucomaxilofacial com perdas ou ausência de estrutura maxilar pode ser cirúrgica ou protética por meio de próteses obturadoras, esta última, um recurso terapêutico que minimiza os distúrbios funcionais, estéticos e psicológicos. A reabilitação protética apresenta desafios devido às condições diferenciadas das estruturas anatômicas orais e faciais de seus pacientes, exigindo do profissional que a ela se dedica conhecimento de técnicas e materiais que supram os desafios e alcance o sucesso, melhorando assim a qualidade de vida destes pacientes. Este estudo avaliou o comportamento biomecânico de prótese obturadora maxilar Classe Ib, II e III de Okay retida por implantes e sistema de retenção ERA®, observando as tensões geradas no tecido gengivo-mucoso e ósseo maxilar por meio da Análise de Elementos Finitos (AEF). A AEF foi realizada em três modelos digitais desenvolvidos a partir da tomografia computadorizada de um indivíduo adulto. Os modelos tridimensionais (3D) representaram cada uma das Classes de Okay estudadas e para tanto receberam implantes posicionados na estrutura óssea maxilar residual e sobre os implantes as estruturas do sistema de retenção ERA® foram posicionadas nas extremidades de uma barra metálica e convertidas para serem representadas por superfícies. Com o programa Rhinoceros® versão 5.0 SR8 os modelos maxilares BioCAD 3D foram gerados incorporando neles os modelos CAD dos implantes, das conexões UCLA e do sistema de retenção ERA®. O CAD do sistema de retenção ERA® não estava disponível e para sua obtenção o sistema foi fundido em metal e através do micro CT SkyScan 1176 Bruke as imagens necessárias foram obtidas no formato BMP e TIFF. Essas imagens no formato TIFF foram exportadas para o software img2dcm, convertidas para o formato DICOM e então exportadas para o software InVesalius que reconstruiu tridimensionalmente gerando uma malha no formato STL. As estruturas finalizadas foram exportadas para software Hyperworks 13.0 e pós-processadas com a visualização de resultados pelo Hyperview, tendo sido aplicada uma força de 80N na plataforma oclusal e de 35N na plataforma incisal. Foram realizadas análises qualitativas, correspondente à escala de máxima tensão principal e os valores quantitativos expressos em MPa. Ocorreram deslocamentos máximos esperados das próteses obturadoras nas regiões sem suporte ósseo, sendo que a Classe III apresentou o maior deslocamento em direção a área sem tecido ósseo, tendo como fulcro a linha de ressecção óssea nas três simulações realizadas. A mucosa não sofreu tensão de tração e compressão, protegida pela barra metálica. No osso cortical os valores observados indicaram tensão de compressão normal nos três modelos; tensão de tração apresentou supra carga em área muito pequena. No osso medular os valores observados indicaram tensão de compressão mínima nos três modelos; tensão de tração normal na Classe Ib e tensão de tração mínima nas Classes II e III. As forças analisadas se mostraram bastante favoráveis à estabilidade da prótese obturadora implanto-retida por se apresentarem bem distribuídas pelo tecido gengivo-mucoso e ósseo da maxila remanescente, indicando que o sistema ERA® de retenção é adequado para reabilitação maxilar das perdas ósseas Classe Ib, II e III de Okay. |