Criação de valor compartilhado na cadeia de reciclagem: processamento dos resíduos da comercialização do coco verde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Makishi, Fausto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74132/tde-04072012-140325/
Resumo: A busca por uma solução comum para os impactos ambientais decorrentes da geração e acúmulo de resíduos sólidos e a condição de exclusão socioeconômica que atinge a uma significativa fatia da população em grandes centros urbanos leva a replicação de um modelo de gestão de resíduos sólidos que tem seu ponto de interseção nas cooperativas de trabalhadores da reciclagem. Alinhado a um contexto de demandas sociais de manutenção econômica, justiça social e preservação ambiental, a gestão compartilhada de resíduos é vista não como prática assistencialista corporativa, mas como oportunidade de negócio e ganhos bilaterais de criação de valor compartilhado. Este é o tema de interesse do presente trabalho, a inclusão socioeconômica veiculada ao aproveitamento de resíduos sólidos. Para isso, desenvolve-se uma pesquisa de base empírica, fundamentada na metodologia de pesquisa-ação, com objetivo de analisar tecnicamente e gerencialmente um projeto que propõe a inclusão socioeconômica por meio do processamento da casca de coco verde. A partir da integração de uma base conceitual e informações de natureza prática obtidas no desenvolvimento do projeto acima referido, assume-se o ganho de conhecimento empírico que possa contribuir com a temática envolvendo a gestão de resíduos sólidos urbanos e a inclusão socioeconômica. A experiência mostrou que disponibilizar tecnologia e ensinar a operar os equipamentos não é suficiente para a sustentação do modelo de gestão compartilhada. É preciso oferecer suporte técnico e gerencial e entender as cooperativas de reciclagem como parte de um fluxo continuo de materiais, de informação, de dinheiro e de pessoas. Conclui-se que é preciso fomentar o desenvolvimento humano através da difusão de conhecimento, levando-o até a cooperativa, mas também permitindo que esse se difunda por ela.