Entre a liberdade e a escravidão na fronteira meridional do Brasil: estratégias e resistências dos escravos na cidade de Jaguarão entre 1865 e 1888.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Ferrer, Francisca Carla Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-09082012-170904/
Resumo: O objetivo desse trabalho é analisar as estratégias de liberdade elaboradas pelos escravos na fronteira meridional do sul do Brasil, enquanto experiências cotidianas desses cativos na cidade de Jaguarão, entre os anos de 1865 a 1888. Essa proposta visa entender os escravos enquanto sujeitos históricos que conseguiram agenciar sua própria liberdade através de lutas estratégicas na região fronteiriça entre o Brasil e o Uruguai, em meio a Guerra do Paraguai e a abolição da escravidão no Brasil. Portanto, para desenvolvermos a presente tese buscamos apreender a dinâmica cotidiana dos escravos nas estâncias da cidade de Jaguarão, antes e durante o conflito internacional com o Paraguai, de forma a compreender as relações entre senhores e cativos, nesse espaço estratégico de fronteira. É pertinente apontarmos também os efeitos do impacto da Guerra da Tríplice Aliança na sociedade sulina, com enfoque no retorno dos negros libertos à Jaguarão, de forma a ressaltar a problemática da inclusão desses homens na malha do tecido social dessa região austral. Questões como a re-escravização dos soldados negros, a efetivação desses combatentes nas Forças Armadas e, ainda, a relevância do papel do soldado liberto no processo de abolição da escravidão em jaguarão estarão presentes e entrelaçadas nessa pesquisa.