Modificações das superfícies de poliuretanos para aumentar a hemocompatibilidade de dispositivos cardiovasculares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Oyama, Helena Taeko Tanaka
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5174/tde-05022024-132816/
Resumo: A hemocompatibilidade representa um dos principais requisitos dos materiais utilizados em dispositivos médicos que entram em contato direto com o sangue. O objetivo desse trabalho foi desenvolver e avaliar estratégias de tratamentos de superfície para aumentar a hemocompatibilidade do Poliéter Poliuretano Segmentado (PU) utilizado na confecção de dispositivos cardiovasculares. Duas estratégias foram propostas e avaliadas: a) a funcionalização da heparina na superfície do polímero pelo processo de fotoenxertia e b) a incorporação de nanocargas, de óxido de grafeno (GO) e óxido de grafeno reduzido (rGO) com a heparina, na massa polimérica. Os tratamentos foram avaliados de acordo com ensaios definidos nas normas internacionais que incluem as caracterizações físico-químicas dos materiais e avaliações biológicas. As caracterizações termogravimétricas e por espectroscopias Raman mostraram a redução do GO com a heparina. As análises por FTIR também confirmaram a redução do GO e a funcionalização do heparinato de benzalcônio na superfície do PU. Os ensaios mecânicos de tração mostraram uma variação da resistência à tração entre as membranas de PU e as membranas dos nanocompósitos. As membranas de PUrGO tiveram maior tensão para uma mesma deformação de 500%. Esta membrana, na concentração de 0,2% de rGO, em 100% de deformação, apresentou um valor de módulo de Young de 16,41% maior que o PU puro. Houve redução do ângulo de contato das membranas as membranas de PU tratadas por fotoenxertia de 88,5o para 65,1o, tornando-as mais hidrofílicas. Os nanocompósitos de PU com rGO apresentaram aumento no ângulo de contato de 88,5o para 97,1o sugerindo aumento de hidrofobicidade. Os ensaios biológicos in vitro sugerem menor adesão de plaquetas em superfícies mais hidrofílicas de PUHepB do que em superfícies hidrofóbicas. A atividade hemolítica na superfície de PUrGO se mostrou menor nas superfícies mais hidrofóbicas do que nas membranas hidrofílicas. Os resultados dos ensaios de citotoxicidade sugerem que as membranas de PU e as membranas tratadas apresentaram adesão e proliferação celular o que indica boa biocompatibilidade