Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Juliana Ruiz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5133/tde-05042017-164253/
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Resumo: |
Os estágios avançados da DPOC são longos e dolorosos processos onde há o aumento dos sintomas, fazendo com que o paciente entre em um ciclo vicioso de deterioração da capacidade física, dispneia, ansiedade e isolamento social. Deste modo, o exercício vem se mostrando um componente importante na DPOC, auxiliando no tratamento medicamentoso para a redução dos sintomas e melhora da qualidade de vida. Neste contexto, não há muitos relatos na literatura sobre o papel da atividade física no padrão de secreção de citocinas e na resposta proliferativa de pacientes com DPOC. Além disso, não há muita concordância sobre o comprimento do telômero e fenótipo celular quando a comparados tabagistas que não desenvolvem a doença e pacientes com DPOC. O objetivo deste trabalho foi comparar alguns parâmetros imunológicos entre pacientes com DPOC e indivíduos tabagistas sem DPOC, e em pacientes com DPOC antes e após o programa de reabilitação oferecido no Hospital das Clínicas da FMUSP. As coletas de sangue foram realizadas em dois momentos para o grupo DPOC (pré e pós-programa de reabilitação pulmonar), e em um único momento para o grupo tabagista. Estas amostras foram processadas para obtenção de células mononucleares do sangue periférico, onde foram analisados os seguintes parâmetros: proliferação celular e apoptose, fenotipagem de linfócitos, comprimento relativo do telômero e dosagem de citocinas. Verificamos que indivíduos tabagistas possuem menores quantidades de proteína C reativa que pacientes com DPOC, e uma tendência a maior número de linfócitos. Além disso, o comprimento relativo do telômero em tabagistas é maior do que em pacientes com DPOC, especialmente em linfócitos TCD8+, e em menor grau em linfócitos TCD4+. Linfócitos TCD8+ de portadores de DPOC apresentaram maiores porcentagens de células terminalmente diferenciadas, sugerindo exaustão celular destes linfócitos, e menores porcentagens de células de memória central e memória efetora. Pacientes com DPOC apresentam maiores quantidades de citocinas comparados aos tabagistas sem DPOC. Já na comparação pré e pós-reabilitação verificamos menores quantidades de leucócitos, menores pontuações nos questionários de sintomas, e maiores distâncias percorridas no teste de caminhada de 6 minutos. Na avaliação da linfoproliferação, para as células estimuladas com mitógeno (fitohemaglutinina) e antígenos (citomegalovirus e Haemophilus influenza) foi possível verificar melhora na resposta linfoproliferativa dos pacientes no período pós-reabilitação, assim como maiores níveis da citocina imunoreguladora IL-10. Deste modo concluímos que pacientes com DPOC possuem um perfil mais pró-inflamatório e de diferenciação terminal que tabagistas sem a doença e que exercício físico é capaz de modular o ambiente inflamatório melhorando alguns parâmetros da resposta imune celular |