Explorando recursos de estatística espacial para análise da acessibilidade da cidade de Bauru

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Krempi, Ana Paula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18137/tde-10032005-064613/
Resumo: A acessibilidade está relacionada com a maneira como a disponibilidade de transportes e os usos do solo afetam os indivíduos na realização de viagens para o desenvolvimento de suas atividades habituais. Freqüentemente se assume que os moradores de baixa renda da periferia são os mais afetados pela falta de acesso aos meios de transporte. A questão subjacente a esta afirmação, no entanto, permanece sem uma resposta definitiva: o nível de renda, por si só, seria um indicativo do nível de acessibilidade? O objetivo deste estudo é explorar a união de ferramentas de estatística espacial e SIG (Sistema de Informações Geográficas) com um propósito específico, que é o de analisar as relações entre aspectos da distribuição espacial de características da população (como a renda, por exemplo) de uma cidade média brasileira e os diversos níveis de acessibilidade por diferentes modos de transporte nela observados, buscando possíveis respostas para esta pergunta. Quando se utiliza procedimentos de visualização e classificação de dados espaciais comuns em SIG, nem sempre as informações são diretamente perceptíveis. Logo, deve-se utilizar ferramentas que ampliem as possibilidades de compreensão e análise dos dados. Inicialmente, as ferramentas selecionadas para uso neste trabalho são apresentadas e discutidas quanto à sua aplicação e utilização na análise proposta. Para tal foram utilizados dados coletados em uma pesquisa origem–destino (O-D) realizada na cidade de Bauru - SP, agrupados por setores censitários e adicionados ao SIG, aplicando técnicas de estatística espacial utilizadas para entidades do tipo área. Os resultados obtidos são apresentados na forma de mapas e de índices que medem a associação espacial global e local entre estas zonas. Uma das conclusões interessantes da aplicação foi a identificação de regiões da cidade com dinâmica particular, que contrariam o padrão global observado nas demais partes da área urbana. Pôde-se constatar ainda particularidades a respeito do uso de cada modo de transportes. O modo automóvel como motorista, por exemplo, possui agrupamento espacial bem definido no nível de renda alta tanto nas regiões de periferia, como nas de transição e central. Já o modo ônibus é predominantemente utilizado nas zonas de renda baixa das regiões de periferia e transição, enquanto que os modos não motorizados possuem uma dinâmica bem diversificada em toda a área urbana. Estes e outros resultados do estudo de caso deixam claro que as análises de estatística espacial em ambiente SIG criam uma ferramenta para ampliar a análise convencional de acessibilidade em transportes