A crítica da política em Marx: da Questão judaica à Crítica de Gotha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Sousa, Tomás Bastian de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-31072017-121336/
Resumo: A crítica de Marx à política, embora esparsa em seus escritos, possui um caráter bem definido e coerente, que se mantém ao longo de toda a sua obra desde a Questão Judaica (1843) até a Crítica de Gotha (1875). Essa pesquisa tem como objetivo apresentar, em seu conjunto, os principais aspectos dessa crítica. Começamos com a análise de seu princípio fundamental, a identificação da sociedade civil como base real do Estado, e a determinação do vínculo orgânico existente entre o Estado e a propriedade privada. Em seguida, passamos à crítica do Estado moderno, a partir de suas duas formas extremas: a forma bonapartista, que explicita a natureza do Estado como máquina de escravização do trabalho pelo capital, e a forma democrática, denunciada em seus limites intrínsecos e identificada como grau máximo de liberdade sob a dominação do capital. Seguimos com a crítica do direito, que atinge tanto o seu conteúdo quanto a sua forma, incluindo os direitos humanos. Passamos então à crítica da superstição política, isto é, às ilusões políticas teóricas e práticas, que abarcam desde as robinsonadas contratualistas às ilusões dos estadistas e revolucionários, com destaque para a crítica do viés democrático. Por fim, após explicitar a incompatibilidade radical entre política e liberdade humana e diferenciar a revolução meramente política da revolução social radical, chegamos à afirmação de uma nova qualidade de liberdade, para além da política, isto é, à abolição positiva da política, entendida como reabsorção das forças sociais usurpadas pelo Estado.