Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Telles, Stela Heloisa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-06102008-141150/
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Resumo: |
A Síndrome de Burnout é caracterizada por sentimentos de esgotamento físico e emocional, despersonalização e baixa realização pessoal. Constitui-se em uma reação à tensão emocional crônica por lidar excessivamente com outros seres humanos. Acomete principalmente trabalhadores que mantêm uma estreita relação de ajuda, fortalecendo a associação com as responsabilidades inerentes às profissões de cuidados humanitários. Esta investigação se propõe a verificar a provável ocorrência da Síndrome de Burnout em Agentes Comunitários de Saúde, visto que estes profissionais trabalham diretamente no cuidado a outras pessoas, sendo esta característica prevalente em tal Síndrome, bem como as estratégias de enfrentamento utilizadas por estes profissionais. Optou-se pelo método descritivo, transversal e quantitativo. Foram aplicados questionário, Maslach Burnout Inventory (MBI) e Escala Modos de Enfrentamento de Problemas (EMEP). A amostra foi constituída por 80 ACS escolhidos aleatoriamente, entre aqueles admitidos há pelo menos dois anos no serviço público municipal. Quanto aos resultados obtidos, verifica-se que se trata de uma amostra predominantemente do sexo feminino (93,75%), com filhos (68,75%), na faixa etária de 20 a 30 anos (35%) e com companheiro fixo (60%). Antes de atuar como ACS, 18,75% desta amostra trabalharam como auxiliar de serviços gerais, principalmente o âmbito do trabalho doméstico. A renda per capita de 38,75% é de menos de um salário mínimo e 53,04% estão neste trabalho há mais de seis anos. Têm vida sedentária, pois 66,25% não praticam uma atividade física com freqüência. O MBI revela um sentimento de deterioração da percepção da própria competência e falta de satisfação destes profissionais com o próprio trabalho, não podem dar mais de si emocionalmente, demonstram estarem emocionalmente esgotados e, ainda, verificase o desenvolvimento incipiente de sentimentos e atitudes negativas e cinismo para com as pessoas por eles atendidas. O Modo de Enfrentamento mais utilizado são as estratégias focalizadas no problema, seguida pela busca de práticas religiosas/pensamento fantástico. Verifica-se indícios de sofrimento relacionado ao trabalho característico da Síndrome de Burnout com o esforço de buscar mecanismos que auxiliem no enfrentamento de problemas relacionados ao exercício profissional. Sugere-se estratégias de acolhimento a esses profissionais de forma a auxiliá-los a lidar com o sofrimento no trabalho. |