Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Varella, Mariana Brasiliense Fusco |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6139/tde-30102024-160827/
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Resumo: |
O uso de redes sociais por autoridades políticas tem se tornado cada vez mais frequente. Antes restritas à comunicação na esfera privada, as redes sociais passaram a ser usadas para a comunicação pública. Durante a pandemia de Covid-19, enquanto presidia o Brasil, Jair Bolsonaro optou pela comunicação em suas redes sociais pessoais em detrimento da comunicação em canais oficiais e da chamada mídia tradicional. Também decidiu não seguir as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e, inicialmente, do Ministério da Saúde, órgão que deveria centralizar as ações de enfrentamento à pandemia e de comunicação do governo federal, tomando, assim, uma direção oposta no que concerne às diretrizes da comunicação de risco em emergências de saúde pública. Neste cenário, esta dissertação de mestrado procura contribuir para o campo da comunicação de risco a partir de uma pesquisa que buscou investigar a comunicação oficial do expresidente da República durante o primeiro ano da pandemia de Covid-19 e seus desdobramentos. A pesquisa analisa o conteúdo das 59 lives sobre a pandemia de Covid- 19 realizadas pelo ex-presidente de março de 2020 a abril de 2021. O objetivo é entender como o presidente optou por uma comunicação direta com seus seguidores e apoiadores, sem intermediários, com aparente informalidade e improviso, para defender medidas opostas às definidas pelas autoridades de saúde nacionais e internacionais. Para tanto, a pesquisa adota a abordagem de análise de conteúdo, em que se definem categorias temáticas para analisar o conteúdo e a expressão da mensagem emitida (comunicação). A partir de três categorias analíticas negligência, desinformação e uso político da pandemia , os resultados evidenciam que a comunicação estrategicamente escolhida por Bolsonaro lhe permitiu o controle do discurso, por meio da definição dos temas a serem abordados, dos convidados, da forma e do tempo de duração das lives, que substituíram pronunciamentos oficiais e entrevistas a veículos de imprensa. Com esta análise, a pesquisa se propõe a colaborar com a literatura acerca da comunicação em emergências de saúde pública, principalmente com a utilização de redes sociais. |