Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Zuliani, Paulo Celso Muratore |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3134/tde-06052024-085248/
|
Resumo: |
A busca por novos reservatórios ao redor do mundo levou a indústria a explorar campos de petróleo em águas ultra profundas, como os vistos no pré-sal brasileiro. O custo diário das sondas de perfuração capazes de perfurar esses poços, aumentou consideravelmente e a necessidade de reduzir o tempo operacional se tornou o principal objetivo dos projetistas. Durante anos, devido à sua capacidade de suportar esforços mecânicos muito maiores do que o cabo de perfilagem e o coiled tubing, a coluna de perfuração foi a primeira escolha quando projetistas consideravam canhões de maiores diâmetros ou para canhoneio de zonas produtoras com longos intervalos. Em contrapartida, o canhoneio à coluna representa uma operação com um tempo operacional elevado. Em poços offshore, principalmente nos campos de águas ultra profundas, esse tempo operacional chegava facilmente à 72 horas, fazendo dessa operação um dos grandes responsáveis pelos altos custos da fase de construção do poço. Pressões hidrostática e de poros extremamente elevadas, peso dos canhões e o choque, causado pela explosão das cargas dentro do poço, foram alguns dos desafios que tiveram que ser ultrapassados pelo método de canhoneio a cabo. Utilizando dados históricos e simulações de casos reais, este trabalho almeja definir um limite técnico onde os benefícios do canhoneio à coluna são superados pela eficiência operacional do canhoneio a cabo de perfilagem. Uma profunda revisão bibliográfica explica como esse objetivo foi alcançado e quais tecnologias foram utilizadas para tal realização. A eficiência operacional dos dois métodos de condução é comparada, para o caso do pré-sal brasileiro, apontando como as operadoras podem reduzir os custos operacionais, selecionando o método mais eficiente baseado no tempo operacional para o canhoneio. Ao desenvolver e utilizar novas tecnologias, como cortadores de cabo como solução para pescaria de canhões, o canhoneio a cabo conseguiu atingir marcas antes inimagináveis como canhoneios de 42 metros, com canhões de alta densidade (12 SPF) de 7 polegadas, em uma única corrida, entrando de vez na disputa para ser o método preferido de condução de canhões no poço, para intervalos extensos. Os dados mostram que, devido a aspectos de segurança e operacionais, é recomendado limitar em 5 corridas o canhoneio a cabo, o que corresponderia à uma economia de aproximadamente USD 300,000 em tempo de sonda quando comparado à operação de TCP. Também é possível concluir que podemos usar o método de canhoneio a cabo para intervalos totais a serem canhoneados de até 210 m. Acima desse comprimento total, o método a cabo não é justificado devido aos maiores riscos operacionais em relação ao método à coluna. |