Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1999 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Daniela de Paula |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20220208-105102/
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Resumo: |
A presente dissertação analisa a evolução do setor industrial madeireiro do Estado de Rondônia, procurando ater-se aos aspectos de sustentabilidade da exploração florestal e o desempenho das indústrias que o compõem. O setor industrial em questão é composto pelas empresas de processamento mecânico da madeira e pelas moveleiras. Para uma maior compreensão das questões de sustentabilidade do respectivo setor, realiza-se a discussão teórica a respeito dos conceitos de desenvolvimento sustentável e sustentabilidade, descrevendo, inclusive, as principais correntes do pensamento econômico que abordam as questões ambientais. Optou-se, como forma de subsidiar a análise do setor industrial madeireiro de Rondônia, pela utilização da argumentação da economia ecológica. Procura-se, por meio das idéias da economia ecológica, em um primeiro momento, discutir, cronologicamente, as políticas públicas referentes à ocupação e dinamização econômica de Rondônia, enfatizando como a preocupação com o desenvolvimento sustentável e a sustentabilidade foram, ou não, consideradas nestas políticas. Em um segundo momento, realiza-se a discussão da evolução, característica e sustentabilidade do setor industrial madeireiro da Amazônia Legal como um todo e de Rondônia, em particular. Em um terceiro momento, avalia-se, através de pesquisa de campo, as estratégias e desempenhos das empresas segundo o seu tipo e a região onde se localiza dentro de Rondônia. Para efeito da pesquisa de campo, aplicaram-se questionários às empresas situadas em sete municípios, que apresentam a maior concentração delas. Os municípios são agrupados no pólo l (Vilhena, Pimenta Bueno, Rolim de Moura e Cacoal) e pólo 2 (Ji-Paraná, Ariquemes e Porto Velho). Essa divisão justifica-se pelo fato de a expansão da indústria de base florestal ter ocorrido mais intensamente no passado (caso do pólo 1) ou mais recentemente (pólo 2). O Estado de Rondônia, assim como todos os demais inseridos na Amazônia Legal, sofreu incremento populacional e desenvolveu determinadas atividades, como a madeireira, que são, até o presente momento, de grande relevância para a economia regional. Estes fenômenos decorreram das políticas públicas voltadas à região que, num primeiro momento, preocuparam-se em incentivar a atividade produtiva e gerar fluxos migratórios oriundos de áreas onde havia conflitos pela posse da terra. A partir do final da década de 80, as políticas públicas, principalmente as estaduais, passaram a incorporar explicitamente em seus objetivos as preocupações com a conservação e preservação ambiental, embora poucos resultados tenham sido obtidos. O término da construção da BR-364, no final de 1960, e a sua posterior pavimentação, na década de 1980, aliados a abundância de recursos florestais, tomaram o setor industrial madeireiro a principal atividade industrial do estado, que, nos últimos anos, passa por sérios problemas. Uma das principais dificuldades é a escassez relativa de madeira, especialmente as de maior valor comercial. Essa escassez é causada pela falta de preocupação com as questões de sustentabilidade por parte dos empresários do setor e pela pouca atenção dada pelas políticas públicas às questões ambientais no passado. Constata-se, na pesquisa de campo, que os empresários do setor industrial madeireiro preferem alternativas de curto prazo para solucionarem a escassez relativa de madeira (como a transferência das empresas para outras regiões ou a troca da espécie florestal utilizada). A política de fiscalização dos órgãos florestais não tem levado à mudança neste comportamento. |