Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silva, Priscila Vasconcelos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-09112023-193758/
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Resumo: |
Neste trabalho propõe-se que a terminologia neofalante (Ramallo, 2013; 2020; Smith-Christmas et al., 2018) seja aplicada para descrever estudantes que falam uma língua que não é sua língua materna. O conceito de neofalante, no contexto paulistano, refere-se a alunos migrantes aprendendo o português, assim como brasileiros que aprendem a norma-padrão através da escola. Seu uso tem como propósito aproximá-los em uma abordagem de ensino de língua portuguesa que contemple semelhanças e diferenças que ambos os grupos possuem em relação à norma-padrão. O conceito de neofalante vai além da descrição do status de falante do aluno, permitindo que políticas e abordagens pedagógicas sejam desenvolvidas na sala de aula para facilitar a inclusão linguística, bem como o sucesso acadêmico e social do aluno. A partir da diversidade linguística presente em sala de aula, o trabalho propõe uma discussão teórica, um estudo de caso sobre o uso do conceito de neofalante em uma escola secundária em Burela (Galiza, Espanha), Modelo Burela (2005 - presente), e a aplicação de uma sequência didática (Dolz, Noverraz, Schneuwly, 2004) que utiliza o conceito, adotada em uma turma de 9º ano do Ensino Fundamental - Anos Finais na cidade de São Paulo. A sequência tem como resultado a produção de um podcast de entrevistas com temas relacionados à migração, como cultura e histórias de deslocamento. A atividade proporcionou a integração entre alunos de diferentes origens e línguas-maternas, e possibilidades de aprendizado e uso do gênero textual entrevista sem que houvesse distinções hierárquicas entre falantes. O objetivo da pesquisa é verificar se a abordagem dos alunos migrantes como neofalantes do português brasileiro facilita o desenvolvimento de habilidades na língua portuguesa e a integração aluno-escola. Consideramos que esta abordagem pode ser incorporada ao ensino de migrantes na cidade de São Paulo, a fim de evitar que a dicotomia entre língua padrão e oralidade seja sinônimo de exclusão social e fornecer aos professores uma ferramenta para inclusão em sala de aula. |