Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Horvat, Natally de Souza Maciel Rocha |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5151/tde-04062019-124535/
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Resumo: |
Introdução: Pacientes com cardiopatia congênita submetidos ao procedimento de Fontan (PF) vêm atingindo a idade adulta com significativas consequências sistêmicas, particularmente hepáticas. Tais injúrias hepáticas podem resultar em fibrose, cirrose e nódulos hepáticos (NH), que podem ser benignos ou malignos. Porém, não há, até o momento, consenso na literatura quanto ao rastreamento desses nódulos, sobretudo acerca do início e da melhor modalidade para tal fim. Objetivo: Esse estudo objetivou (a) avaliar a frequência de NH em pacientes submetidos ao PF na ultrassonografia (USG), tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM), assim como a concordância entre tais métodos; (b) investigar se há correlação entre a presença de NH e algumas variáveis clínicas e laboratoriais; (c) analisar se há diferença nos valores de rigidez hepática utilizando a elastografia por USG por meio da técnica acoustic radiation force impulse (ARFI) entre os pacientes com e sem NH. Métodos: Foram recrutados, prospectivamente, 49 pacientes submetidos ao PF entre agosto de 2014 e junho de 2016. Esses pacientes foram submetidos a rastreamento clínico e laboratorial de hepatopatia, e elastografia hepática por USG com ARFI, TC e RM. A concordância entre os testes foi acessada utilizando o kappa de Cohen. A correlação entre NH com as outras variáveis foi realizada com teste t de Student ou teste de Mann-Whitney para variáveis contínuas sem distribuição normal e teste qui-quadrado ou teste de Fisher para variáveis categóricas. Resultados: NH foram detectados em 3/49 (6%), 14/44 (31,8%) e 19/48 (39,6%) pacientes na USG, TC e RM, respectivamente. Houve uma concordância quase perfeita entre TC e RM na detecção de NH (kappa: 0,849, p < 0,001), porém a USG não demonstrou concordância com TC e RM (kappa: 0,006, p=0,095 e kappa: 0,083, p = 0,032, respectivamente). Nenhuma variável clínica ou laboratorial apresentou correlação significativa com a presença de NH, inclusive o tempo após o PF. Os valores de rigidez hepática no ARFI foram significativamente mais elevados nos pacientes com NH (2,64 ± 0,81 m/s vs. 1,94 ± 0,49 m/s; p=0,002) e foram um preditor significativo para NH (AUC: 0,767, p=0,002). Conclusão: Na nossa população, mais de um terço dos pacientes após o PF apresentou NH na TC ou RM, mas a USG não detectou a grande maioria dos nódulos. Nenhum dado clínico ou laboratorial apresentou correlação significativa com a presença de NH. A rigidez hepática no ARFI foi significativamente mais elevada nos pacientes com NH. Tais achados sugerem que a USG não é um método diagnóstico efetivo no rastreamento de NH, porém a elastografia por ARFI pode ser útil, orientando quais pacientes devem submetidos à TC ou RM |