Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Márcia Astrês |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-07012015-143853/
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Resumo: |
A pesquisa teve como objetivo analisar o adoecimento de trabalhadores de saúde de um hospital psiquiátrico e sua associação a riscos ocupacionais. Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo e de abordagem quantitativa, cujos dados foram coletados com 163 trabalhadores de saúde de 12 categorias profissionais em hospital psiquiátrico de Teresina - Piauí, por meio de um questionário aplicado aos sujeitos e um formulário para registro dos dados resultantes da consulta documental as licenças saúde usufruídas pelos trabalhadores no triênio 2010-2012. A estatística descritiva subsidiou a análise dos dados e, para estimar a associação entre os riscos ocupacionais e o adoecimento pelo trabalho foi usado o Teste de Fischer, cujos valores de p menores que 0,05 foram considerados significativos. Os resultados revelaram que a maioria dos trabalhadores apresenta as seguintes características: sexo feminino (84,05%), idades entre 40 anos e 59 anos (77,92%), casados (50,31%), cor auto referida parda (63,19%), escolaridade de nível médio (41,10%). As categorias de auxiliar/técnico de enfermagem representam a metade dos trabalhadores (49,07%), atuantes no regime de 30 horas semanais (49,08%), turno diurno (66,26%) e no setor de internação (66,26%). Por meio do Teste Qui- Quadrado foi identificada associação significativa entre as diferentes categorias profissionais e o nível de esforço físico despendido na execução das atividades laborais (p=0,04), com relação ao esforço mental não houve nível de significância (p=0,966). Os riscos ocupacionais foram identificados por 96,93% dos trabalhadores, dentre os quais: bactérias e vírus (risco biológico - 87,12% ), uso de tabaco pelos pacientes (risco químico - 82,82%), ruído produzido pelos pacientes (risco físico - 81,60%), adoção de postura corporal inadequada e repetitividade/monotonia do trabalho (risco ergonômico - 72,39%) e estresse (risco psicossocial - 71,17%). Grande número de trabalhadores (60,12%) revelou possuir alguma doença, sendo as mais frequentes a Hipertensão Arterial (16,56%) e os problemas do sistema osteomuscular (12,88%). No triênio analisado, 64,41% dos profissionais registraram 297 licenças-saúde que acarretaram o absenteísmo de 4.671 dias. Dos 270 diagnósticos médicos registrados nas licenças saúde, 23,33% dos diagnósticos integram a Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho do Ministério da Saúde. Pelo Teste de Fischer foi constatado que, no ano de 2010, houve associação estatisticamente significativa entre as variáveis diagnósticos das licenças-saúde e os riscos químico (p= 0.03352) e psicossocial (p=0.03161) e, no ano de 2011, foi identificada apenas com o risco químico (p=0.008281). Em 2012 não houve associação significativa entre as variáveis analisadas. Os resultados permitem concluir que os trabalhadores de saúde do hospital psiquiátrico estão adoecendo devido à exposição a agentes de risco químico e psicossocial e que estratégias urgentes devem ser adotadas para solucionar o problema. Esse estudo agrega novos conhecimentos científicos e subsidia o planejamento de ações de promoção da saúde, prevenção de agravos à saúde no ambiente de trabalho e oferece elementos para a realização de novos estudos sobre o problema |