Memórias da terra: a história de vida da mulher negra no sul de Minas Gerais e interior de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Domingos, Juliana de Cassia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8161/tde-26042024-114455/
Resumo: A presente dissertação é resultado da pesquisa sobre a família Domingos, um clã que por mais de um século viveu no plantio de café, no interior dos estados de Minas Gerais e São Paulo. No processo da investigação, a pesquisadora se viu desafiada a assumir o protagonismo da operação que orientava a dupla trajetória familiar e nela o próprio desempenho. As narrativas coletadas dentro da perspectiva teórica da História Oral levaram a pesquisadora, ao mesmo tempo, à redescoberta de si e à composição de uma épica doméstica capaz de explicar, mais do que estratégias de sobrevivência nas terras dos outros, um enredo de tradições represadas e refeitas de acordo com as possibilidades da vida projetada no presente. O trabalho desenvolveu-se a partir de múltiplas entrevistas com Maria das Graças, que, potencializando a reserva de memória da família Domingos, indicou o caminho da união com outro segmento, Eloy. A sustentação teórica adotada na travessia da pesquisa sugeriu, para além da História Oral enquanto metodologia, a \"História Oral de vida\" como gênero narrativo. Os diálogos sistemáticos entre a pesquisadora, que é também narradora, e sua rede de colaboradores resultou nas reflexões sobre o seu universo pessoal inscrito no contexto universal, atravessando debates sobre a perpetração da violência, o racismo e a conversão religiosa. Tratou-se de um projeto de produção de conhecimento, no qual a transcriação é o dispositivo vital para narrar experiências da mulher negra no interior do Sul de Minas Gerais e São Paulo