| Resumo: |
Foi desenvolvido um programa de educação nutricional com a finalidade de se verificar em que medida a atuação sistemática da escola junto a alunos e seus pais é mais eficiente na mudança de conhecimentos, atitudes e práticas relacionados à saúde do que a atuação unicamente sobre o escolar. Serviram como sujeitos os alunos de 1ª à 8ª série do primeiro grau de três escolas públicas da cidade de São Paulo e seus pais. Os 403 alunos e os 128 pais que participaram do estudo foram divididos em três grupos: o grupo 1, em que alunos e pais participaram do programa, o grupo 2, em que apenas os alunos participaram do programa e o grupo 3, em que nem os alunos nem seus pais participaram do programa. O conteúdo do programa educativo enfatizava práticas de consumo de alimentos no café da manhã e entre as refeições, como tambem produção domiciliar de alimentos. O programa para os alunos foi desenvolvido por professores regentes de classe, em uma aula semanal, e a duração variou de seis aulas para as séries iniciais a onze aulas para as finais. Os pais receberam material escrito, especialmente preparado. Os resultados revelaram alguma diferença significativa entre os grupos em conhecimentos, mas não em atitudes e práticas, não se chegando a resultados conclusivos. Análise complementar mostrou não haver associação significativa entre mudança de conhecimentos, atitudes e práticas relacionados à alimentação e variàveis tais como idade e escolaridade dos pais, nível sócio-econômico da família, relacionamento pais e filhos, opinião dos pais sobre a escola, escolaridade e faixa etária do aluno. O sucesso apenas parcial do programa pode ser atribuído a falhas em seu desenvolvimento como também a questões relacionadas a validade dos instrumentos de avaliação. Por isso, sugere-se maior controle de variáveis intervenientes no desenvolvimento de programas semelhantes. |
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