Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Mendes, Olenir Maria |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-21062007-095349/
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Resumo: |
O presente estudo, de cunho sócio-educacional, teve como objeto a formação de professores e a avaliação educacional no ensino superior. Procurou-se identificar, nos cursos de licenciatura, as aprendizagens sobre avaliação propiciadas aos estudantes. Buscou-se ainda conhecer e discutir as condições favoráveis para que os estudantes das licenciaturas tornem-se professores, capazes de realizar a avaliação escolar. Para tanto, utilizou-se como referência os estudos de Freitas, Luckesi, Romão, Hoffmann, Vasconcellos, dentre outros, os quais procuram discutir avaliação em uma perspectiva crítica e sociológica, considerando, dentre outros aspectos, as relações de poder que a temática envolve. O presente estudo objetivou não só identificar, mas também compreender e explicitar os nexos entre o fazer cotidiano do trabalho pedagógico, no que se refere à avaliação e o processo de formação de professores, a partir de sua realidade político-social, histórica e educacional Os sujeitos da pesquisa foram sete coordenadores de cursos de licenciatura e 195 licenciandos, que cursavam o último ou penúltimo período em uma instituição federal de ensino superior. Os instrumentos de coleta de dados foram entrevistas realizadas com os coordenadores e questionários, de questões abertas, aplicados aos alunos. Os resultados desta investigação possibilitaram traçar um quadro das práticas avaliativas vigentes nos cursos de licenciatura e conhecer as condições oferecidas para a formação de futuros professores. A análise dos dados evidenciou que as aprendizagens dos estudantes estão circunscritas a uma perspectiva técnica de avaliação, centrada em instrumentos como provas, trabalhos e seminários, o que revela uma concepção de avaliação como mera verificação da aprendizagem. A dimensão sociológica da avaliação não está presente nas respostas dos estudantes e coordenadores dos cursos, de modo que a maioria dos futuros professores deixa de discutir as múltiplas funções que pode assumir a avaliação como mecanismo de controle e de exclusão. Os dados também revelaram que a perspectiva crítica de avaliação aparece raramente nas discussões e nas práticas dos cursos e das disciplinas. Em linhas gerais, este estudo representou a possibilidade de tornar mais explícito o conhecimento sobre o que se pensa, diz e faz sobre avaliação, e por isso oferece importantes elementos para reflexão e para eventuais transformações das práticas de avaliação, especialmente, e de formação de professores de modo geral. |