Ambientes de inovação para a geração de startups do sistema agroalimentar: estudo de caso no âmbito ibero-americano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Baptiston, Letícia Fernanda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74134/tde-18022022-151056/
Resumo: A produção de alimentos no mundo passa por transformações importantes, resultando em novo conceito que é chamado agronegócio 4.0. Devido a fatores como o crescimento populacional, expansão urbana e redução das áreas agricultáveis, tornou-se preciso produzir mais, para atender a demanda alimentar agregada. Estes fatores, aliados às pressões ambientais, além de consumidores exigentes e hiper conectados, estão revolucionando o agronegócio no planeta. Para tanto, são empregados sistemas tecnológicos como IoT, drones, aplicativos, plataformas de marketplace e algoritmos. Todas essas soluções são desenvolvidas por atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação voltadas para o segmento. Por sua vez, os empreendedores passam por diversos ciclos desde a ideação ao produto escalável até a comercialização. Estes projetos inovadores só prosperam pelo acesso aos recursos necessários. Para dar suporte a essas novas empresas inovadoras foram criados ambientes de inovação que auxiliam em seu nascimento e desenvolvimento. Estes ofertam espaços propícios para o desenvolvimento de negócios, por intermédio de mentorias, networking, sistemas de captação de recursos financeiros, laboratórios de validação de produtos. Podem estar dentro de Universidades com a necessária aproximação de pesquisadores ou no setor privado, com a participação de empresas líderes que praticam a inovação aberta (Open Innovation). Dessa forma, o presente estudo buscou identificar quais são os fatores resultantes no sucesso da formação das startups, bem como as boas práticas de incubação dentro de ambientes de inovação situados em estudo de caso no âmbito ibero-americano (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Espanha e Portugal). Para isto, realizou-se uma pesquisa exploratória, baseada em dados secundários e qualitativos que foram previamente publicados no FINOVAGRO-2020. Tais dados foram transcritos e analisados por sistematização analítica e criteriosa das informações que foram observadas. Verificou-se que, fatores como políticas públicas que fomentam a criação de parques de ciência e tecnologia, incubadoras e aceleradoras são fundamentais para estes ambientes de inovação estratégicos e que possuem alto custo de implantação. Notou-se também, que é preciso que o setor agroalimentar esteja voltado para o mercado, ou seja, identificando as demandas de mercado, nichos e até mesmo, oportunidades de exportação. No que tange o relacionamento entre Empresa-Universidade-Estado, é preciso que dentro dos comitês haja respeito, flexibilidade e uma cultura voltada ao empreendedorismo acadêmico, de modo que, docentes e alunos, entendam a importância do relacionamento com o setor empresarial. Este por sua vez, precisa compreender a dinâmica que ocorre dentro da Universidade. É ainda importante, que os comitês que promovem esta interação, possuam dinamismo de atuação, para que assim consigam obter êxito. Quanto ao papel dos marcos regulatórios que regulam a relação Universidade-Empresa, estes se mostraram muito relevantes, principalmente no contexto de atuação em incubadoras públicas. Como uma das conclusões do trabalho, é imprescindível o fomento ao empreendedorismo inovador e capacitação de docentes para que estes passem a considerar também as pesquisas aplicadas voltadas a solução de problemas do setor produtivo e industrial.