Análise do comportamento de via permanente lastrada com emprego de sublastro betuminoso.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Alves, Talita de Freitas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3138/tde-23052018-100410/
Resumo: Ao longo de sua vida útil, com o acúmulo de tráfego e de solicitações ambientais, infraestruturas de transportes degradam-se em termos de desgaste dos seus componentes e deformações permanentes de suas camadas, acarretando na perda gradual da qualidade estrutural e funcional da via. A camada de sublastro, parte integrante da subestrutura ferroviária, possui contribuição significativa no comportamento mecânico global de uma via permanente. Suas principais funções estão relacionadas à drenagem, atenuação e distribuição de tensões, e separação e transição entre as camadas de lastro e subleito. O objetivo principal deste estudo foi comparar duas diferentes configurações de sublastro implementadas em uma ferrovia de carga brasileira através da medição de respostas mecânicas e parâmetros geométricos \"in situ\". O emprego de sublastro betuminoso constituiu-se como a primeira aplicação de campo deste tipo no País e ambas as seções foram monitoradas também por intermédio de sensores de temperatura e de tensão. Procedeu-se a caracterização física e mecânica dos materiais que compõem os trechos analisados em laboratório. Ademais, tensões de sucção foram medidas em diferentes locais e profundidades da camada de subleito, a fim de verificar a eficácia da camada betuminosa em impermeabilizar as camadas subjacentes. Os resultados mostraram uma eficiência global superior do trecho contendo sublastro betuminoso comparativamente à seção de referência (sublastro granular). Variações das tensões de sucção ao longo de duas estações climáticas mostraram que a mistura asfáltica protegeu satisfatoriamente o subleito quanto à infiltração de água oriunda das precipitações. Medidas de temperatura tomadas em diferentes pontos das camadas de sublastro mostraram que a mistura asfáltica se encontra protegida das variações térmicas e da incidência de radiação solar, uma vez que está isolada pela camada de lastro. Em termos de deslocamentos medidos com o equipamento DMD (Dispositivo para Medição de Deslocamentos), mostrou-se uma redução crescente no deslocamento vertical médio da seção com sublastro betuminoso em comparação com a seção com sublastro granular. Por consequência, o módulo de via, u, calculado para ambas as seções, revelou que o perfil contendo mistura asfáltica tende a defletir menos quando solicitado pela passagem de trens. Medidas de parâmetros geométricos utilizando o equipamento Trolley AMBER apontaram uma relação bidirecional entre o comportamento mecânico e a qualidade da geometria da via, observada antes e após intervenção mecanizada de socaria.