Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Gaete, Rodrigo André Cuevas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-06072020-142744/
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Resumo: |
A implementação e expansão do uso do Sistema e-SUS Atenção Básica com Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC), desencadeou discussões nos conselhos de enfermagem acerca do cumprimento da normativa do Conselho Federal de Enfermagem a respeito da Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem na Atenção Primária à Saúde (APS). Desta forma, o objetivo do estudo foi definir um modelo de informatização de Processo de Enfermagem adequado ao contexto da APS no Brasil. Para respondê-lo foi desenvolvida uma pesquisa avaliativa com proposta de intervenção, em três etapas complementares: a primeira etapa avaliou a versão atual do PEC, por meio de observação em unidades de saúde; a segunda propôs melhorias no sistema, utilizando um estudo metodológico; e a última etapa validou a proposta por método de consenso, centrada no processo de enfermagem e na resolução das fragilidades encontradas no uso do sistema, por meio da técnica de grupo nominal. Para construir o modelo usou-se a teoria de enfermagem completa, de Bárbara Barnum, sobre a tríade contexto, conteúdo e processo. Esta, estruturada pelo contexto da APS no Brasil, a Teoria de Necessidade Humanas Básicas de Wanda Horta, acomodada sobre a Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE), como conteúdo, e sustentando o processo, a estruturação por Necessidades Humanas e Sociais, em sintonia com o modelo de Registro Clínico Orientado por Problemas (RCOP). A proposta foi validada, por meio de protótipos de sistema, com uma taxa de 96,20%, por especialistas, profissionais de saúde, que atuam no campo de desenvolvimento de sistema com prontuário eletrônico na APS, enfermeiros da academia, com amplo conhecimento em processo de enfermagem na APS e terminologias padronizadas de enfermagem, bem como, enfermeiros da assistência, que usam prontuário eletrônico no dia-a-dia, nas cinco regiões do país. Os requisitos e recomendações apresentadas, permitem planejar um processo de desenvolvimento, ancorado na perspectiva de um modelo de desenvolvimento evolucionário, que atenda às necessidades de um sistema já em uso no Brasil. Ao mesmo tempo, lança um desafio sobre como fazer a gestão da mudança, permitindo ao enfermeiro explorar os novos recursos que potencializam o processo de enfermagem, sem ruptura com a cultura de uso do PEC, dentro de um desenho de capacidade bastante diverso da APS no Brasil. O estudo permitiu compreender que o processo de enfermagem não deve ser estruturado de forma isolada, característica que tem sido encontrada em outras propostas. Por outro lado, também fica claro que a ciência da enfermagem necessita ser aplicada com maior protagonismo no desenvolvimento de sistemas com prontuário eletrônico na APS. Ciência que traz as Necessidades Humanas e Sociais, na perspectiva holística do cuidado como eixo central, o qual se alinha perfeitamente às novas diretrizes da APS, colaborando para romper barreiras do modelo médico hegemônico. Este estudo aponta para um processo de desenvolvimento desafiador, demandando um grande projeto nacional, articulado pelas instituições responsáveis pela infoestrutura necessária para sustentar e concretizar a proposta do modelo de informatização do processo de enfermagem, inovador, validado para o contexto da APS no Brasil |