Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Moraes, Nicoli Gomes de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64135/tde-26092022-145948/
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Resumo: |
Microplástico (MP) é uma classe de compostos que contempla diferentes materiais sintéticos poliméricos na faixa de tamanho entre 5mm e 1m. Esses materiais já foram encontrados em todas as matrizes ambientais e possuem grande potencial poluidor. Além de apresentar riscos físicos, químicos e biológicos para organismos na base da cadeia alimentar, comprometem a qualidade das águas. No Brasil, a ocorrência, distribuição, caracterização e os impactos dessa nova classe de poluentes ainda é pouco estudada, sobretudo em água doce. O principal objetivo desse estudo foi investigar a ocorrência de MPs em quatro pontos no rio Tietê-SP e avaliar a presença e a concentração de bifenilas policloradas (PCBs) sorvidas à essas partículas e a macroplásticos. Os pontos amostrais no Rio Tietê compreendem: Biritiba-Mirim (P1), Santana do Parnaíba (P2), Tietê (P3) e o reservatório de Barra Bonita localizado em Anhembi, SP (P4). Para a determinação da ocorrência de MPs, cerca de 200 litros de água superficial foram coletados com balde de alumínio e despejados em esquema de peneiras granulométricas de 0,106 e 5,6 mm. Os MPs foram quantificados e classificados por cor, tamanho e morfologia. A identidade química dos polímeros foi determinada pela técnica de espectroscopia vibracional no infravermelho médio com transformada de Fourier (FTIR). As concentrações de MPs variaram de 6,67 a 1530 partículas m-3, sendo mais elevadas no P2 e P3. Para a análise de PCBs sorvidos, os MPs foram coletados por meio de redes de plânctons fixadas em cada ponto de amostragem, durante 30 minutos ou até a colmatação. Os macroplásticos foram coletados de maneira semelhante no P2 e P3, porém, no P1 e P4, eles foram coletados nas margens do rio. Todos os extratos foram analisados por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (GC-MS). Os parâmetros utilizados para validação se mostraram adequados para o objetivo proposto, sendo eles a linearidade, sensibilidade, precisão, exatidão, robustez e os limites de detecção e quantificação. As concentrações totais de PCBs em MPs e em macroplásticos variaram entre 20,53 a 133,12 ng g-1 e entre de 24,98 a 40,99 ng g-1, respectivamente. Espera-se que os resultados encontrados contribuam para elucidar a relação entre MPs e poluentes orgânicos em água doce e que forneçam informações relevantes sobre o atual cenário dos MPs no Rio Tietê e dos possíveis riscos químicos associados ao transporte de PCBs por meio dessas partículas |