Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Brisotti, Isabella Maria Fiori |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-07022025-150053/
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Resumo: |
A imagem corporal é caracterizada como um construto multifatorial que engloba um conjunto de aspectos subjetivos. Alguns estudos sugerem que homens homossexuais possuem um desejo maior pela magreza associada a musculatura do que homens heterossexuais. Por outro lado, entre as mulheres homossexuais, na literatura não há um consenso refente a internalização da magreza e da insatisfação corporal. A dismorfia muscular consiste na preocupação em apresentar um corpo muito pequeno ou insuficientemente musculoso. Desta forma, esta pesquisa tem como objetivo validar o Muscularity-Oriented Eating Test (MOET) brasileiro em homens e mulheres homossexuais e bissexuais e validar o Muscle Dysmorphic Disorder Inventory (MDDI) e a Drive for Muscularity Scale (DMS) em mulheres homossexuais e bissexuais. Este estudo contou com a participação de 2274 adultos, sendo 773 homens homossexuais e homossexuais e 1501 mulheres homossexuais e bissexuais, com idade entre 18 e 50 anos. A participação foi voluntária e virtual por meio da plataforma REDCap. Foi apresentado aos participantes o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, o Questionário de Caracterização Sociodemográfica, MOET, o MDDI e a DMS. A análise descritiva foi utilizada para a caracterização da amostra. Para examinar a estrutura fatorial dos instrumentos, foram realizadas a Análise Fatorial Confirmatória, confiabilidade, teste de invariância, além de ter sido realizado a validade convergente e a comparação entre os grupos. As análises foram realizadas pelo software SPSS 25.0. Em relação ao MDDI, o instrumento foi validado com sua festrutura original dividida em três fatores, apresentando com χ²(61) = 737,536; p < 0,001; CFI = 0,972; TLI = 0,964; RMSEA = 0,086 [90% CI = 0,080-0,092]; p < 0,001; SRMR = 0,078. O instrumento também mostrou boa consistência interna apresentando ω = 0,788 [95% CI = 0,772 - 0,805] para \"Busca por Tamanho\"; ω = 0,782 [95% CI = 0,764-0,800] para \"Intolerância à Aparência\"; e ω = 0,851 [95% CI = 0,839-0,864] para \"Comprometimento Funcional\". Em relação a DMS apresentou melhor estrutura fatorial utilizando a versão brasileira para homens dividia em dois fatores, em que o modelo final aceito apresentou ξ²(88) = 831,375; p < 0,001; CFI = 0,990; TLI = 0,988; RMSEA = 0,075 [90% CI = 0,070-0,080]; p < 0,001; SRMR = 0,640. Os dois fatores apresentaram uma boa consistência interna, com valores de coeficiente iguais a ω = 0,894 [95% CI = 0,885 - 0,902] para \"Atitude\" e ω = 0,809 [95% CI = 0,794-0,824] para \"Comportamento\". Por fim, as invariâncias configural, métrica e escalar tanto do MDDI quanto da DMS foram aceitas. Em relação ao MOET, o instrumento foi validado com sua estrutura original dividida unidimensional com 15 itens. O instrumento também apresentou boa consistência interna nos quatro grupos analisados, com os valores de coeficiente iguais a ω = 0,891 [95% CI = 0,878-0,904] para homens homossexuais; ω = 0,904 [95% CI = 0,883-0,925] para homens bissexuais; ω = 0,889 [95% CI = 0,876-0,903] para mulheres homossexuais; e ω = 0,887 [95% CI = 0,876-0,897] para mulheres bissexuais. Foi também aceito as invariâncias métrica, escalar e configural nos quatro grupos. Assim, é possível concluir que o MOET é um instrumento adequado para ser utilizado em homens e mulheres bi/homossexuais e o MDDI e a DMS são instrumentos que podem ser utilizados em mulheres bi/homossexuais. |