Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Alexandry Dias |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-26072024-113307/
|
Resumo: |
A artrodese posterior é a técnica cirúrgica mais utilizada no tratamento das escolioses de crianças e adolescentes. Apesar disso, o sangramento decorrente continua sendo um desafio a ser enfrentado, uma vez que as transfusões intra ou pós-operatória associam-se a aumento da morbimortalidade. O ácido tranexâmico tem sido utilizado no intraoperatório de diversas cirurgias, inclusive em cirurgias de correção de escoliose. Desta forma, o objetivo do estudo foi avaliar o uso do ácido tranexâmico no período pós-operatório na redução da perda sanguínea, em pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico para correção de escoliose. Foi realizado um estudo prospectivo, randomizado, duplo-cego, de uma coorte de 28 pacientes submetidos para tratamento de escoliose por meio da abordagem posterior. Os pacientes foram divididos em 02 grupos, de acordo com o uso ou não de ATX no pós-operatório: controle ou SAT (sem ATX) e experimental ou CAT (com ATX). Utilizou-se a infusão endovenosa de ácido tranexâmico na dosagem de 30mg/kg durante o procedimento cirúrgico a ambos os grupos. No entanto, os pacientes do grupo CAT, receberam também a dose de 10mg/kg/h até a retirada do dreno de sucção, 48h após o procedimento. As variáveis estudadas foram demográficas (idade, gênero, peso e índice de massa corpórea e etiologia da escoliose), cirúrgicas (níveis de hemoglobina pré-operatória (g/dl), o tempo total de cirurgia (min) e a quantidade de hemoderivados transfundida (ml) e pós-cirúrgicas (tempo de internação hospitalar total (dias), a quantidade de perda sanguínea no dreno de sucção por dia (ml), a quantidade total de bolsas transfundidas, os valores da hemoglobina (g/dl) (1º e 3º dias) e a ocorrência de complicações pós-operatórias). A análise estatística foi realizada com o software R versão 4.02 e a comparação das médias entre os grupos foi feita pelo teste T-student ou Wilcox. Para variáveis categóricas utilizou-se o teste de Chi-quadrado. Os resultados não evidenciaram diferença estatisticamente significante em relação a idade, gênero, etiologia da escoliose, valor do ângulo de Coob da curva escoliótica principal no pré e pós-operatório, peso corporal, índice de massa corpórea (IMC) entre os grupos SAT e CAT. A hemoglobina (Hb) pré-cirúrgica variou de 10,7 g/dl a 14,7 g/dl no grupo SAT, e variou de 11.1 g/dl a 16.2 g/dl no grupo CAT. O tempo total de cirurgia (min) foi ligeiramente maior no grupo CAT (média de 220,4 min), quando comparado ao grupo SAT (média de 182,5 min). A comparação dos resultados obtidos, não se mostrou estatisticamente significativa (p = 0.1028). Por fim, o número de bolsas de sangue transfundidas nos pacientes em cada grupo, não evidenciou resultado estatisticamente significativo (p > 0,05). A perda sanguínea total (ml), perda total pelo dreno (ml), tempo total de hospitalização (dias), valor da Hb no primeiro e terceiro dia de pós-operatório e a ocorrência de complicações também não demonstrou diferença estatisticamente significativa entre os grupos.A administração endovenosa do ATX nas 48hs do pós-operatório de cirurgias de artrodese posterior para correção de escoliose em crianças e adolescentes, não demonstrou impacto significante em reduzir as taxas de sangramento intraoperatório e a necessidade de hemotransfusões. |