Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Valentini, Deborah Bulbarelli |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-30072012-153354/
|
Resumo: |
O objetivo desta pesquisa é abordar o tema da orientação vocacional em escolas, precisamente, em projetos destinados a alunos do ensino médio. A partir da experiência da autora em um projeto de orientação vocacional em uma escola particular da Grande São Paulo, observou-se que a escolha de uma profissão migrou do ambiente familiar para o escolar. Analisando essa mudança, o trabalho procura evidenciar significativas alterações sócio-econômico-culturais que concorreram para transformar a Orientação Vocacional num projeto (psico) pedagógico. A metodologia utilizada para investigar estas alterações consistiu no levantamento de ideias e ideais que ao circularem discursivamente tem definido ações no campo da educação. Assumiu-se como definição de discurso a proposta por Jacques Lacan, segundo a qual o discurso é condição para que haja laço social. O estudo constata que o discurso capitalista, aliado ao da ciência em sua versão tecnocientificista , tem, por um lado, legitimado a transferência de responsabilidades que outrora eram das famílias para as escolas e, por outro, transformado a educação escolar em mais uma mercadoria disponível ao consumo. Após a descrição pormenorizada do projeto que inspirou esta pesquisa, elencam-se alguns elementos que, diante dessa temática, podem nortear o trabalho do psicanalista em escolas. A conclusão deste estudo propõe que às escolas caberia a função de delimitar a abrangência com a qual o projeto de Orientação Vocacional tem sido proposto. A partir da teoria psicanalítica, não se propõe a definição de outros projetos como sendo melhores ou mais completos, em vez disso, reitera-se que a escolha de uma profissão é mais uma dentre as muitas escolhas com as quais o adolescente se verá confrontado, e, como toda escolha, será determinada pela posição fantasmática de cada um. Então, na escola, o aluno até poderá ser instruído sobre cursos e carreiras, mas não se aconselha a adoção de projetos que se proponham a instituir um outro que se prontifique a responder sobre o desejo dos adolescentes. |