Estudo de proteínas envolvidas na diferenciação tardia do músculo esquelético e seu papel no processo distrófico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Júnior, Antonio Fernando Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41131/tde-26042023-142920/
Resumo: O comprometimento do músculo esquelético nas distrofias musculares genéticas é marcadamente caracterizado por ciclos de degeneração e regeneração. A regeneração é muitas vezes ineficiente, levando a uma perda progressiva de massa muscular. Nossos estudos recentes com modelos de camundongos distróficos, no entanto, mostraram a manutenção de um processo regenerativo ativo nos músculos, com a presença de um pool significativo de células satélite com capacidade proliferativa mantida e formação de novas fibras musculares. Entretanto, essas fibras recém-formadas permanecem menores e com menos mionúcleos, compatíveis com um processo regenerativo defeituoso. Para entender melhor esse mecanismo comprometido, aqui estudamos a miogênese no músculo distrófico usando um modelo celular de mioblastos imortalizados de pacientes com DMD e controles saudáveis. Observamos a formação de miotubos defeituosos na DMD, com miotubos menores, mais finos e contendo menos mionúcleos. Analisamos alguns genes relacionados a processos-chave na formação de miotubos, avaliando tanto a expressão de mRNA quanto de proteínas. O estudo incluiu genes relacionados à fusão de membranas (miomaker, miomixer e colágeno 25A1) à regulação do processo miogênico (MYF5, MYOD e MYOG) e à dinâmica de membranas e migração celular (palmdelphin e shisa2). O processo de migração in vitro dos mioblastos também foi estudado. Nossos achados sugerem que a ineficiente de formação de miotubos em células de DMD pode não estar relacionada às proteínas que atuam diretamente no processo de fusão celular, mas sim em etapas anteriores, como a migração, que está alterada em DMD. Análises mais profundas do processo de migração de mioblastos distróficos devem ser realizadas a fim de entender esta importante etapa da regeneração e pode apontar para importantes alvos para terapias em distrofias musculares.