Produção de proteínas do envelope (E) mutadas no loop de fusão dos quatro sorotipos do vírus da dengue e do vírus Zika.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Martinho, Jéssica Amaral
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42135/tde-17052024-180954/
Resumo: A reatividade cruzada presente nos vírus da família Flaviviridae é um dos fatores que levam a resultados falsos positivos no diagnóstico dessas infecções. Desta forma, o uso de reagentes eficientes que permitam o diagnóstico preciso é essencial. Este trabalho tem como objetivo a produção de proteínas do envelope (E) dos quatro sorotipos do vírus da dengue e do vírus Zika, contendo quatro mutações pontuais próximas e na região do loop de fusão, com o objetivo de reduzir a reatividade cruzada esses flavivírus. Para tal, utilizamos sequências consensos das proteínas E dos quatro sorotipos do vírus da dengue e do vírus Zika contendo mutações nos seguintes aminoácidos: T76R, Q77E, W101R e L107R conforme descrito previamente. As sequências foram submetidas a otimização de códons e clonadas em vetor de expressão para células de Drosophila melanogaster. Após a confirmação da expressão das proteínas na forma solúvel por transfecção transiente, foram estabelecidas linhagens estáveis. Neste trabalho foi possível obter linhagens estáveis expressando três das quatro proteínas E mutadas do vírus da dengue (DENV2, DENV3 e DENV4) e a proteína E do vírus Zika. A caracterização das proteínas obtidas foi realizada por ELISA utilizando-se anticorpos monoclonais humanos previamente gerados em nosso laboratório (MT600-A3, MT479-C4,MT479-D2 e MT479-F11) e anticorpos monoclonais murinos (4G2, 1A10 e anti-HisTag) contra a proteína E, além das proteínas E do DENV2 e DENV3 selvagenscomo controles. Os anticorpos monoclonais humanos foram capazes de reconhecermelhor as proteínas selvagens. Para as proteínas mutadas, os anticorpos MT479-C4 e MT479-D2 foram capazes de reconhecer a proteína E mutada do DENV4. O anticorpo MT479-F11 não foi capaz de reconhecer as proteínas mutadas. Já o MT600-A3 não teve um reconhecimento significativo para qualquer das roteínasmutadas. Quando analisamos os anticorpos murinos, observamos que o 1A10 e o4G2 apresentaram elevado reconhecimento para as proteínas E selvagens emcomparação com as proteínas E mutadas, que foram mais fracamente reconhecidas. A obtenção destas proteínas abre perspectivas para sua testagem em testes sorológicos que visem melhorar a especificidade e separar de forma segura infecções pelos vírus dengue e Zika.