Avaliação da excitabilidade corticoespinal em doentes com lombalgia crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Marcelo Luiz da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-18012023-184356/
Resumo: Introdução: A dor lombar crônica (DLC) é definida como dor e desconforto localizado abaixo da margem costal e acima da prega glútea, com ou sem dor irradiada para o membro inferior e que persiste por pelo menos 12 semanas. Estudos revelam alterações em córtex sensitivo primário (S1) e córtex motor primário (M1) nos doentes com lombalgia crônica comparados a controles saudáveis. Entretanto, diferentes mecanismos da dor e a cronicidade dos doentes podem gerar resultados discrepantes nas medidas de excitabilidade corticoespinal (EC). Achados controversos também se apresentam no sistema de modulação da dor nesta população. Objetivo: Avaliar a EC e o sistema modulatório da dor nos doentes com lombalgia crônica em três cenários diferentes: lombalgia crônica inespecífica (LCI), lombalgia crônica radicular (LCR) e síndrome pós -laminectomia lombar (SPL). Métodos: Sessenta doentes de uma amostra de conveniência foram alocados em 3 grupos de vinte cada, de acordo com a síndrome lombar crônica correspondente (LCI, LCR e SPL). As medidas de EC realizadas através da estimulação magnética transcraniana (EMT) incluíram o limiar motor de repouso (LMR) e os potenciais evocados motores (PEM) a 120% e 140% do LMR, usando pulso único e os circuitos intracorticais como a inibição intracortical de curto intervalo (IICI) e facilitação intracortical (FIC) através dos pulsos pareados. A modulação condicionada da dor (MCD) foi realizada com uso do Quantitative Sensitivity Test (QST) sendo o calor como estímulo teste aplicado na coxa esquerda e a água a 00C (estímulo condicionante) na mão direita. Questionários, inventários, escalas, exames físicos, neurológicos e a dolorimetria foram usados para avaliar a clínica e o limiar de dor à pressão dos doentes. Resultados: Os parâmetros da EC estavam alterados em todos os grupos de DLC comparados com os dados normativos da curva brasileira de EC. Os doentes do grupo SPL apresentaram PEMs mais reduzidos e um FIC mais defeituoso e correlacionados com habilidade de apreciar a vida (r=0,482), depressão (r=0,513) e pensamentos catastróficos (P=0,406), comparados com os grupos (LCI e LCR). Os grupos LCR (-14,8±13,9) e SPL (- 14,1±16,7) apresentaram o efeito MCD defeituoso comparados com controles saudáveis (-28,1±12,2, P=0,003). Conclusão: Alterações na EC e nos mecanismos da MCD estão presentes nas lombalgias crônicas. O grupo SPL apresentou maiores alterações nos PEMs e FIC comparados com os grupos (LCI e LCR), e o efeito MCD mostrou se defeituoso nos grupos de dor neuropática (LCR e SPL)., mas sem diferença no grupo LCI comparados com controles saudáveis