Comparação da metilação global do DNA em melanomas melânicos e amelânicos da cavidade oral de cães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Scattone, Náyra Villar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5155/tde-09072020-130800/
Resumo: O melanoma oral é um câncer agressivo com grande importância para a oncologia humana e para a veterinária. Conhecer as alterações genéticas e epigenéticas das neoplasias é essencial para prever o comportamento biológico e instituir novos tratamentos para esta doença e, através da oncologia comparativa, é possível beneficiar tanto os seres humanos quanto animais com os resultados dessas pesquisas. O objetivo deste trabalho é comparar a metilação global do DNA em melanomas orais melânicos e amelânicos de cães, quantificar a proliferação celular, e quantificar de melanina nos melanomas melânicos, correlacionando-os. Para tanto, dois estudos foram realizados. No primeiro estudo, foram coletadas amostras de tecido tumoral de 18 cães, sendo 9 casos de melanomas amelânicos e 9 de melanomas melânicos. Nas amostras de tecidos tumorais foram realizadas marcações imunoistoquímica com anticorpo anti 5 metilcitosina e Ki67, para análise da metilação global do DNA, e a proliferação celular respectivamente. A quantidade de melanina dos tumores foi avaliada utilizando sistema de análise de imagens. Além disso, amostras de sangue periférico desses mesmos pacientes foram coletadas para análise da metilação global de DNA em leucócitos por meio da técnica de HPLC. No segundo estudo, foram avaliadas 10 amostras de melanomas melânicos, e 10 amostras de melanomas amelânicos e, por meio de imunoistoquimica, também foi comparada a metilação global do DNA, quantificada a proliferação celular e a quantidade de melanina. Combinando resultados dos dois estudos, isto é, incluindo dados de 38 amostras de melanomas orais, sendo 19 melânicos e 19 amelânicos, foi observado que o padrão de metilação global do DNA foi diferente entre melanomas melânicos e amelânicos, sendo que os amelânicos sinalizaram hipometilação. Além disto, a quantificação de células positivas para Ki67 nos melanomas amelânicos foi significantemente maior do que nos melanomas melânicos. As amostras de tecido dos melanomas melânicos apresentaram diferença significativa na quantidade de melanina quando comparadas entre si. Não houve diferença significante entre o padrão de metilação global do DNA em leucócitos de cães portadores de melanomas melânicos e amelânicos, quando analisadas 9 amostras de melanomas melânicos e 9 amostras de melanomas amelânicos. Futuros estudos com a metilação de genes específicos nos melanomas orais de cães, e com metilação global do DNA poderão contribuir com mais informações em relação ao prognóstico e novos tratamentos desta doença