Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Guimarães, Henrique Cerqueira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-24042012-170109/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A apatia constitui o transtorno neuropsiquiátrico mais prevalente na doença de Alzheimer (DA) e se relaciona com uma série de desfechos deletérios. Sua neurobiologia ainda é pouco compreendida, e alguns autores postulam sua associação com disfunção de circuitos fronto-estriatais. A maior parte da evidência disponível sobre essa relação provém de estudos em que foram avaliados pacientes com DA leve a moderada. OBJETIVO: Investigar a associação entre apatia e disfunção executiva em estágios bastante iniciais do processo de declínio cognitivo no contexto da DA. MÉTODOS: Foram avaliados 87 indivíduos, sendo 28 deles com DA leve, 26 com Comprometimento Cognitivo Leve de subtipo amnéstico (CCLa) e 33 controles. Os participantes foram submetidos a uma bateria de avaliações da qual constavam a Bateria Breve de Rastreio Cognitivo (BBRC-Edu), o Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), a Entrevisa Executiva (EXIT-25), a Bateria de Avaliação Frontal (BAF), a Escala de Avaliação de Demência (DRS), o Teste de Aprendizagem Auditivo Verbal de Rey (RAVLT), a Escala de Avaliação de Incapacidade na Demência (DAD) e a Escala de Apatia (EA). Explorou-se correlações entre o desempenho nos testes empregados e os escores aferidos pela EA, nos grupos com comprometimento cognitivo (DA ou CCLa), e em grupos constituídos a partir da combinação deles, considerando os pacientes com CCLa conversores à DA no seguimento. RESULTADOS: O grupo de pacientes com DA apresentava média de idade de 81,9 ± 4,8 anos e escolaridade média de 2,5 ± 2,0 anos. O grupo com CCLa apresentava média de idade de 80,8 ± 3,7 anos e escolaridade média de 3,7 ± 2,8 anos. O grupo dos controles apresentava média de idade de 79,5 ± 3,5 anos e escolaridade média de 3,7 ± 3,3 anos. Os três grupos não se distinguiam significativamente quanto às suas características sociodemográficas. Não foram observadas correlações entre o desempenho em quaisquer dos testes de função executiva empregados e os escores obtidos por meio da EA. Observou-se correlação forte entre o desempenho funcional auferido através da DAD e os escores na EA (rho= -0,7; p<0,001) no grupo DA. Documentou-se correlação moderada entre a sintomatologia apática e o desempenho na subescala Atenção da DRS (rho= -0,59; p<0,01) e em tarefas de evocação tardia nos testes de memória episódica da BBRC (rho=-0,37; p<0,05) e do RAVLT (rho= -0,47; p< 0,001), quando analisados em conjunto os pacientes com DA e aqueles com CCLa que converteram para DA. CONCLUSÃO: Nesta amostra de indivíduos com baixa escolaridade, composta por pacientes com DA leve e CCLa, não se observou associação entre o desempenho em testes de função executiva e a sintomatologia apática medida pela EA |