Góngora e Gregório de Matos: o gênero epidítico em três pares de sonetos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Silva, Ana Paula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-01022010-161516/
Resumo: O objetivo deste trabalho foi o de fazer um estudo comparativo entre três pares de sonetos de gênero epidítico, de Góngora e Gregório de Matos, que tratam de alguns lugarescomuns do tema da morte, a fim de investigar como os autores operaram com a escolha dos topos na configuração da invenção retórica dos discursos, pressupondo que o conceito de originalidade ou o de plágio não são aplicáveis a autores do século XVII, já que a primacia da escritura advém da imitação das autoridades antigas, quinhentistas ou contemporâneas dos próprios poetas, na obediência à preceptiva da imitatio aristotélica ou da aemulatio. Pressuposto a obediência às regras ditadas pelas retóricas e poéticas, tratamos de verificar os processos de elaboração elocutiva dos textos, com o intuito de corroborar os procedimentos que diferenciariam Gregório de Matos como imitador de Góngora, inseridos em seu contexto cultural e considerando, também, a mentalidade da morte nos séculos XVI e XVII, desde a perspectiva da ortodoxia católica, fortemente regrada no Concílio de Trento.