Amazônia ano 1000: territorialidade e conflito no tempo das chefias regionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Moraes, Claide de Paula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/71/71131/tde-18092013-101343/
Resumo: Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa em arqueologia que busca discutir o processo de ocupação humana no passado pré-colonial de uma área genericamente conhecida como Amazônia Central. Mais precisamente estamos tratando de evidências arqueológicas das proximidades da foz dos rios Negro e Solimões e do baixo rio Madeira, Estado do Amazonas, Brasil. Nosso objetivo se foca principalmente nas ocupações da era Cristã. A discussão é guiada pelas evidências de um período de ocupação classificado como fase Paredão, porém, o objetivo maior do trabalho é entender os processos que levaram ao surgimento, desenvolvimento e decadência das chefias regionais do período pré-colonial da Amazônia. Com base em pesquisas de levantamento, mapeamento e escavação de sítios arqueológicos nestas duas áreas e com o subsídio de um grande volume de pesquisas produzidas no Projeto Amazônia Central, buscamos entender o processo de formação dos sítios e estruturas arqueológicas, as particularidades de cada momento de ocupação e a interação entre os antigos habitantes desta região. Para lançar luz sobre um objetivo maior de entender processos regionais amplos, partimos de estudos intra-sítio e da tecnologia de produção de artefatos com análises tecnológicas e espaciais pormenorizadas. Amparados pelos resultados destas análises, buscamos dialogar com outros contextos onde os dados arqueológicos são ainda exploratórios. Com estas ferramentas tentaremos dialogar com trabalhos de outras regiões da Amazônia que versam sobre, densidade populacional, forma de assentamento, sistemas de assentamentos, conflito, disputa territorial, significado da variabilidade artefatual e modo de subsistência. Ao final saímos com algumas propostas alternativas para interpretar o significado da variabilidade tecnológica da cerâmica, da disputa por território, importância da agricultura e complexidade política por volta do ano 1000 DC.