Efeitos da interrupção do tempo sentado prolongado na resposta glicêmica e insulinêmica de mulheres idosas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pessanha, Fernanda Pinheiro Amador dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-19072018-113755/
Resumo: avaliar, em mulheres idosas, os efeitos agudos do tempo sentado prolongado (TSP) de 5 horas na curva glicêmica e insulinêmica e comparar com os efeitos de diferentes padrões de interrupção do TSP por meio de atividade física (AF), nestes mesmos marcadores. Materiais e Métodos: participaram do estudo mulheres, com idade >= 65 anos, não obesas e não diabéticas. As voluntárias realizaram uma pré-avaliação na qual foram analisadas variáveis clínicas, antropométricas e padrão de AF espontânea. Em seguida, foram propostas 4 diferentes fases de intervenção. 1) TSP: composto por 300 minutos ininterruptos na postura sentada; 2) Intensidade Leve e Curta Duração (ILCD): TSP interrompido a cada 20 minutos por 2 minutos de AF de baixa intensidade (50 a 60% da FC máx prevista para a idade); 3) Intensidade Moderada e Curta Duração (IMCD): TSP interrompido a cada 20 minutos por 2 minutos de AF de moderada intensidade (65 a 75% da FC máx prevista para a idade); 4) Intensidade Moderada e Longa Duração (IMLD): TSP interrompido a cada 75 minutos por 10 minutos de AF de moderada intensidade (65 a 75% da FC máx prevista para a idade). As áreas sob a curva (ASC) glicêmica e insulinêmica foram verificadas por meio de coleta seriada de sangue, após a ingestão de refeição padrão e calculada pelo método do trapézio. Para as comparações entre os grupos foi proposto o modelo de regressão linear com efeitos mistos e controlado para idade, peso e classificação de NAF. Resultados: 16 idosas da comunidade com média de 69,2 ± 4 anos participaram do estudo. Na fase pré-avaliação as voluntárias passaram cerca de 9 horas/dia em posturas sedentárias. O TSP foi a fase de intervenção que apresentou os maiores valores de ASC de glicemia e insulina (555,9 ± 75,4 mg / dl) e (220,1 ± 76,2 µIU/mL), respectivamente. As fases de interrupção do TSP apresentaram menores valores de ASC de glicemia (ILCD: 514,0 ± 55,1; IMCD: 531,7 ± 69,1; IMLD: 530,0 ± 45,5 mg/dl) e insulina (ILCD: 155,0 ± 53,1; IMCD: 169,5 ± 81,7; IMLD: 164,9 ± 54,4 µIU/mL) em comparação com a fase de TSP (p < 0,05). No entanto, quando comparadas entre si, não houve diferença entre as fases ILCD, IMCD e IMLD (p > 0,05). Conclusão: o TSP foi relacionado a piora dos níveis de glicemia e insulinemia, enquanto a interrupção por meio de AF de intensidade leve ou moderada, de curta ou longa duração mostraram-se potenciais estratégias de redução desses marcadores de risco cardiovascular. Nenhum padrão de interrupção mostrou-se significativamente superior ao outro, sendo interrupções de curta duração e leve intensidade eficazes na redução dos níveis da ASC glicêmica e insulinêmica.