Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Marina Manduca |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-03032008-140724/
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Resumo: |
Considerada um dos principais problemas de Saúde Pública em todo o mundo, a obesidade vem crescendo de forma significativa entre a população infantil devido às mudanças no estilo de vida e aos hábitos alimentares. Sabe-se que a obesidade na infância tende a continuar na fase adulta, levando a diminuição da expectativa de vida e maior risco de doenças. O conhecimento epidemiológico que aponte grupos com maior chance de desenvolver sobre peso e obesidade traz importantes contribuições na abordagem clínica da doença. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi estimar a prevalência de excesso de peso em préescolares de 2 a 5 anos assistidos pelo Programa de Saúde da Família na cidade de Ribeirão Preto - SP; descrever características socioeconômicas e demográficas das famílias; descrever aspectos alimentares e antropométricos das crianças e investigar possíveis associações entre as variáveis. Trata-se de um estudo transversal, no qual foram coletados dados antropométricos (peso, altura, pregas cutâneas e circunferências) e aplicado um questionário sobre dados socioeconô micos, demográficos e de consumo alimentar. Para diagnóstico de excesso de peso foi usado o escore-Z de peso/altura >= +1. Foram estudados 155 pré-escolares com média de idade de 4,3±1,0 anos, sendo 80 (51,6%) meninas e 75 (48,4%) meninos. As prevalências encontradas foram: 16,8% de subnutrição; 62,6% de eutrofia; 20,6% de excesso de peso, sem diferença entre os sexos (p=0,92). As famílias eram, em sua maioria, (63%) nucleares, tinham em média 4,8±1,8 membros e 25% das crianças viviam sem o pai biológico. A escolaridade das mães e dos chefes da família e a classificação de estimativa de renda não mostraram associação com os estado nutricional das crianças. O peso e o IMC da mãe foram maiores no grupo de crianças com excesso de peso (p<0,01). Todas as medidas de circunferências (CB, CC, CA e CQ) foram significativamente maiores no grupo de excesso de peso (p<0,01). Dentre as medidas de pregas cutâneas (PCB, PCT, PCSI e PCSE) destacam-se os valores da PCT (7,8±1,8;9,0±1,6; 13,6±4,4) e da porcentagem de gordura corporal (10,1±2,5; 15,3±2,7;22,3±6,1) que, respectivamente para os grupos subnutrição, eutrofia e excesso de peso, apresentaram diferenças significativas (p< 0,01). A base da alimentação das crianças, para todos os grupos, era arroz, leite, feijão, pão e carnes e alimentos com alta densidade calórica como bolachas, doces, refrigerantes e salgadinhos que apresentaram consumo freqüente. Foi encontrada prevalência de excesso de peso condizente com a situação de transição nutricional do país e as medidas de composição corporal das crianças indicam excesso de gordura corporal. Ações voltadas para Educa ção Alimentar e Nutricional para as crianças e suas famílias são fundamentais para se evitar o agravamento do problema num futuro próximo. |