Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Ruivo, Lourenço Proença |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42134/tde-07102024-124952/
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Resumo: |
O câncer de tiroide é a malignidade mais prevalente do sistema endócrino. Entre os histotipos, o carcinoma papilífero da tiroide (PTC) é o mais comum, com alta prevalência de mutação no gene BRAF, membro da via MAPK. O PTC, apesar de apresentar bom prognóstico, pode se tornar agressivo e refratário aos tratamentos convencionais, destacando assim a importância na compreensão de outras alterações que afetam este carcinoma. A proteína WASF3 participa de alterações na morfologia celular e na organização do citoesqueleto, e seu aumento de expressão está relacionado a maior migração e invasão em diferentes tipos de câncer. Neste estudo, avaliamos a expressão gênica e proteica de WASF3 em câncer papilífero de tiroide. A expressão da proteína WASF3 foi analisada por imunohistoquímica (IHQ) na tiroide de camundongos transgênicos BRAFT1799A (BRAF+) e selvagens (WT) de diferentes idades (5 a 60 semanas) e por IHQ e imunofluorescência (IF) em tecidos tumorais e não tumorais humanos. Utilizando linhagens celulares de PTC (TPC-1, BCPAP e K1), a expressão gênica e proteica de WASF3 foi acessada por RT-qPCR e Western Blotting. A expressão do mRNA in silico foi acessada utilizando a plataforma UCSC Xena Browser com informações obtidas dos bancos de dados The Cancer Genome Atlas (TCGA) e The Genotype-Tissue Expression (GTEx) project. Em nossos resultados, observamos que o tecido de camundongos BRAF+ apresentou maior expressão de WASF3 em comparação com animais WT, com a imunopositividade ocorrendo no citoplasma das células foliculares, e aumento na expressão com a evolução da idade. À medida que a expressão de WASF3 aumentava no PTC de animais BRAF+, foi observado um padrão granular de positividade no citoplasma e preferência por acumular na região apical ou basal dos tireócitos. Em tecidos humanos, observou-se uma maior expressão de WASF3 em PTC. A marcação ocorreu em todo o citoplasma celular, mostrando uma expressão mais forte na região da membrana em algumas células. Por outro lado, as linhagens celulares de PTC mostraram uma redução na expressão gênica e proteica quando comparadas à linha celular não tumoral. Além disso, a pesquisa in sílico em bancos de dados de larga escala revelou uma diminuição de 16% na expressão de WASF3 em PTC humano. A diferença entre a expressão proteica de WASF3 na IHQ em tecido tumoral e gênica em estudos in vitro e in sílico necessita ser elucidada. A alta expressão da proteína WASF3 no modelo animal de PTC e no PTC humano sugere sua participação na carcinogênese da tireoide. |